“Depois de mais de três anos de luta, a situação das crianças no Iémen não só não melhorou, como está a piorar”, declarou a diretora executiva da Unicef, Henrietta Fore, em comunicado.
O órgão das Nações Unidas, que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças, afirmou que em julho morreram 21 crianças naquele país e que só nas duas primeiras semanas de agosto foram mortos 55 menores.
Henrietta Fore destacou ainda para a precariedade dos serviços sociais, que estão à beira do colapso.
“Se não agirmos agora, o impacto desta guerra vai assombrar várias gerações. Mesmo que o conflito terminasse hoje, o país demoraria anos a reconstruir-se”, disse a responsável máxima da Unicef.
As negociações de paz que sentam à mesma mesa os beligerantes começam hoje, em Genebra, as primeiras em dois anos.
O Iémen é palco, desde 2014, de uma guerra entre os rebeldes conhecidos como Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente, Abd Rabbo Mansur Hadi, que já causou mais de dez mil mortos.
Desde março de 2015, o Governo é apoiado por uma coligação internacional árabe, que inclui a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Segundo a ONU, o Iémen vive uma das piores crises humanitárias no mundo.
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