"Assumiremos os lugares no Parlamento para prosseguir a luta democrática dentro e fora das instituições", afirmou o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaias Samakuva, em conferência de imprensa.
Tendo ficado em segundo lugar nas eleições legislativas, a UNITA contestou os resultados e tinha admitido um boicote à presença dos seus 51 deputados na Assembleia Nacional, recuando agora na decisão.
O Tribunal Constitucional validou na quarta-feira as eleições de 23 de agosto, dizendo que decorreram de forma organizada, participativa e ordeira e foram "livres, transparentes, universais e justas".
O presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, considerou válidos o ato eleitoral e os resultados constantes da ata de apuramento nacional, aprovada pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Os resultados definitivos divulgados conferem vitória ao partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 4,1 milhões de votos (61,07%), maioria qualificada, elegendo 150 deputados.
Os resultados confirmam que a UNITA foi a segunda força política mais votada, tendo alcançado 26,67% dos votos, elegendo 51 deputados, seguido da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 16 assentos parlamentares.
O Partido de Renovação Social (PRS) elegeu dois deputados à Assembleia Nacional, enquanto a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) elegeu apenas um parlamentar.
O partido Aliança Patriótica Nacional (APN), criado este ano, não conseguiu eleger qualquer deputado.
De acordo com a Constituição de Angola, o candidato do MPLA, João Lourenço, será investido presidente de Angola, tomando posse possivelmente no final do mês, sucedendo no cargo a José Eduardo dos Santos.
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