As manifestações visaram exigir que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) inicie um novo processo contratual das empresas que vão prestar apoio tecnológico às eleições gerais angolanas.

A Lusa contactou alguns secretários provinciais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que confirmaram a realização das manifestações, sem qualquer incidente, e louvaram o papel da polícia e autoridades governamentais.

Em declarações à agência Lusa, o secretário provincial do Huambo da UNITA, Liberty Chiaka, disse que a marcha arrancou às 12:00, da sede do partido para o Largo Saidy Mingas, no centro da cidade do Huambo.

“Tudo correu muito bem, sem nenhum incidente, tivemos mais de 50 mil participantes. Foi uma participação que nos satisfaz e, se houver necessidade de se realizar uma outra a próxima semana, poderá ser mais concorrida”, frisou.

Por sua vez, o secretário do Cuando Cubango, Adriano Sapinhala, assegurou que o ato ocorreu de forma organizada, tendo valido os contactos antecipados, quer com as autoridades quer com a polícia, bem como com o MPLA, partido no poder.

“Até ontem [sexta-feira] tivemos uma concertação, inclusive com o MPLA, exatamente para que se evitassem algumas querelas, já que o MPLA também organizou uma atividade hoje”, explicou.

Segundo o dirigente da UNITA, o número de participantes superou as expectativas, tendo a marcha começado às 13:00, e em quase duas horas percorrido várias artérias da cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, terminando com uma declaração frente à sede do partido.

“Achamos que tanto da nossa parte quanto da parte das autoridades cumpriu-se tudo conforme se tinha estabelecido”, disse o político, ressaltando o papel positivo da Polícia Nacional e das restantes autoridades.

Já o secretário provincial do Cuanza Sul da UNITA, Armando Kakepa, referiu que além dos militantes do partido juntaram-se ao protesto amigos e simpatizantes, tendo o número de participantes superado as expectativas.

“A nossa marcha passou nas principais vias da cidade do Sumbe (capital da província do Cuanza Sul) e terminámos no Largo Comandante Cassange, onde lemos a declaração do partido. Tivemos uma participação de cerca de sete mil pessoas”, salientou.

Relativamente à ação da polícia, Armando Kakepa elogiou o seu papel, que precisa de ser “reconhecido”.

“A polícia disponibilizou os patrulheiros a partir dos municípios do interior, para escoltarem as nossas caravanas até aqui e vão regressar com elas para as áreas de procedência. Aqui também disponibilizaram efetivos, todas as vias estavam controladas pela polícia”, disse.

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto e contará com 9.317.294 de eleitores, segundo dados oficiais que o Ministério da Administração do Território entregou à Comissão Nacional Eleitoral.

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