“A República Bolivariana da Venezuela denuncia perante o mundo o roubo descarado de uma aeronave de propriedade da nação venezuelana, executado por ordem do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela em comunicado.
“Marco Rubio, de mercenário do ódio a ladrão de aviões”, acrescentou o texto.
A Venezuela também garantiu que “tomará todas as medidas necessárias para denunciar este roubo e exigir a devolução imediata da sua aeronave”.
É o segundo avião apreendido pelos Estados Unidos da Venezuela em menos de um ano, mas o primeiro gesto de mão pesada do governo de Donald Trump, que no seu primeiro mandato estabeleceu uma bateria de sanções contra a Venezuela, incluindo um embargo de petróleo, numa tentativa de derrubar Maduro.
Na presença de Rubio, foi colada uma placa onde se lia “apreendido” na aeronave Dassault Falcon 200, de bandeira venezuelana, na pista militar em Santo Domingo.
“A apreensão desta aeronave venezuelana, usada para burlar as sanções e os controlos (de lavagem de dinheiro) dos EUA, é um exemplo poderoso da nossa determinação em responsabilizar o regime ilegítimo de Maduro pelas suas ações ilegais”, disse Rubio no X, no final da sua primeira viagem latino-americana como secretário de Estado.
De acordo com o Departamento de Estado, as autoridades venezuelanas usaram a aeronave para voar para a Grécia, Turquia, Rússia, Nicarágua e Cuba e levaram-na para a República Dominicana para manutenção.
Em setembro de 2024, durante a administração do ex-presidente Joe Biden, outra aeronave oficial venezuelana, um modelo Dassault Falcon 900EX, foi confiscada na República Dominicana e transferida para o estado da Flórida. As autoridades dos EUA alegaram que tinha sido comprada “ilegalmente” por 13 milhões de dólares, através de uma empresa de fachada.
Em junho de 2022, um Boeing 747 venezuelano-iraniano foi imobilizado na Argentina e destruído nos Estados Unidos em janeiro de 2024, um evento que Caracas também descreveu como “roubo”.
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