Numa conferência de imprensa na Casa Branca, Bolton revelou ter convocado o ministro da Defesa venezuelano, o general Vladimir Padrino, o presidente do Supremo Tribunal, Maikel Moreno, e o comandante da Guarda Presidencial, Iván Hernández Dala, a abandonarem o presidente Nicolás Maduro.

"Queremos ver o ministro Padrino, o juiz do Supremo Tribunal (Maikel) Moreno e Rafael Hérnandez Dala fora da Guarda Presidencial", disse o conselheiro, garantindo que os três se tinham comprometido a apoiar a saída de Maduro. "Como a oposição da Venezuela sabe, eles comprometeram-se a apoiar a derrocada de Maduro", declarou Bolton.

Bolton culpou Cuba por apoiar o regime de Maduro, disse ter comunicado à Rússia para não interferir na Venezuela, defendeu que a situação na Venezuela "não é um golpe de Estado" e reiterou que "todas as opções estão sobre a mesa".

O conselheiro recorreu depois ao Twitter para se dirigir às figuras em redor de Maduro, dizendo-lhes que "o seu tempo está a chegar ao fim". "Esta é a vossa última hipótese. Aceitem a amnistia do presidente interino Guaidó, protejam a Constituição, removam Maduro e tirá-los-emos da nossa lista de sanções. Se ficarem com Maduro, vão afundar com o navio", escreveu.

Já o presidente Donald Trump tinha dito hoje que os Estados Unidos "apoiam o povo da Venezuela" e que está a acompanhar muito de perto os acontecimentos. "Estou a acompanhar muito de perto a situação na Venezuela. Os Estados Unidos apoiam o povo da Venezuela e sua liberdade", afirmou Trump, cujo governo foi o primeiro a reconhecer o opositor Juan Guaidó como presidente interino do país.

O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje que os militares deram “finalmente de vez o passo” para o acompanhar e conseguir "o fim definitivo da usurpação” do Governo do Presidente Nicolás Maduro.

"O 1 de maio, o fim definitivo de usurpação começou hoje", disse Guaidó num vídeo publicado na sua conta na rede social Twitter, no qual está acompanhado por um grupo de soldados na base de La Carlota, a leste de Caracas.

O Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou, por seu lado, que está a enfrentar um golpe de Estado, de "um reduzido grupo de militares traidores" que estão a ser neutralizados.