“Os serviços consulares estão no terreno, neste momento, de modo a dar apoio aos portugueses”, anunciou o diplomata numa mensagem oublicada nas redes sociais.
Na mesma mensagem, o embaixador disse que tem “acompanhado a trágica situação” em Tejerías e “expressa as suas condolências às famílias e amigos dos falecidos, assim como solidariedade às restantes vítimas do sinistro”.
Entretanto, fonte da “Regala Una Sonrisa” disse à Lusa que aquela ONG luso-venezuelana enviou uma equipa para tentar ajudar, com roupas e água, os afetados pelo mau-tempo.
Pelo menos 22 pessoas morreram, entre os quais dois portugueses, e 52 continuam desaparecidas na sequência das fortes chuvas que atingiram a cidade venezuelana de Tejerías, estado de Arágua, na zona central da Venezuela, confirmou hoje a vice-presidente, Delcy Rodríguez.
“É preciso informar a comunidade que houve um grande deslizamento de terras na zona central dos Tejerías (...) cinco riachos transbordaram e estamos a assistir a danos e perdas de vidas muito significativas (…) 22 pessoas já foram encontradas mortas e há mais de 52 pessoas desaparecidas”, disse aos jornalistas.
Segundo a vice-presidente da Venezuela, as autoridades estão agora “a trabalhar na procura destas pessoas” e a atender também a “pessoas que ficaram sem casa, ou cujas casas foram afetadas” pelas enxurradas.
“O Presidente Maduro vai decretar que esta zona é uma zona de tragédia e decretou também três dias de luto pela perda de venezuelanos”, disse, precisando que também morreram crianças.
Entretanto, em Caracas, várias organizações, entre elas os “Ángeles de la Autopista”, criaram centros de recolha de alimentos e roupas para afetados pelo mau-tempo em Tejerías.
Fontes consulares avançaram hoje à agência Lusa que dois portugueses, um homem e uma mulher, morreram em Las Tejerias, 70 quilómetros a sudoeste de Caracas, devido às chuvas torrenciais que nas últimas horas afetaram o estado venezuelano de Arágua.
O cônsul honorário de Portugal em Los Teques, Pedro Gonçalves, especificou que dois comerciantes portugueses, um homem e uma mulher, foram arrastados pela torrente de água e de lama.
A governadora de Aragua, Karina Carpio, anunciou hoje de manhã que 21 setores da cidade e 15 empresas foram afetados pelo transbordamento.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia da Venezuela, na última noite registaram-se fortes chuvas com descargas elétricas em pelo menos 13 das 24 regiões do país.
As chuvas afetaram Caracas (Distrito Capital) e os estados venezuelanos de Mérida, Falcón, Yaracuy, Carabobo, Arágua, Miranda, Anzoátegui, Sucre, Monágas, Delta Amacuro, Bolívar e Amazonas.
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