Um balanço anterior dava conta de 23 efetivos das forças públicas que haviam decidido romper com o governo de Nicolás Maduro.
No entanto, durante a noite, o gabinete de Migração da Colômbia atualizou esta cifra, ao informar que "60 membros das diferentes Forças Armadas da Venezuela (que) fugiram da ditadura de Maduro por Norte de Santander e Arauca, durante o dia de hoje", segundo comunicado.
Um jornalista da AFP observou o momento em que quatro membros de forças de segurança passaram para o lado colombiano pela ponte Simón Bolívar, fechada na véspera por decisão de Maduro.
A Polícia colombiana deu-lhes proteção e um deles, que usava uniforme da Guarda Nacional Bolivariana, chorou com as mãos erguidas, após agradecer por ter podido cruzar a fronteira.
A Migração da Colômbia informou que entre os desertores há 20 militares e três polícias, sendo que um dos homens se apresentou como o major Hugo Parra, que usava um uniforme da Força Armada Nacional Bolivariana.
"Reconheço o nosso presidente, o engenheiro Juan Guaidó, e estarei em luta junto ao povo venezuelano em cada marcha", declarou Parra aos jornalistas após a sua chegada à cidade colombiana de Cúcuta, onde foi recebido pelo líder da oposição venezuelana.
As primeiras deserções ocorreram antes de Guaidó anunciar a saída da ajuda em camiões com alimentos e medicamentos doados pelos Estados Unidos e os seus aliados.
Segundo a autoridade migratória, foram três os militares que se mobilizaram num blindado branco e derrubaram uma das cercas de segurança da ponte Simón Bolívar, na cidade colombiana de Cúcuta. Na ação ficou ferida uma mulher que estava na passagem fronteiriça.
Estes membros da Guarda Nacional Bolivariana passaram para o território colombiano, enquanto o veículo ficou do outro lado da fronteira, de onde foi retirado pelos militares, disseram fontes policiais à AFP.
Guaidó, que é reconhecido por 50 países como presidente interino, ofereceu amnistia aos membros da força pública que romperam com Maduro.
"Os soldados com quem eu tenho falado têm respondido ao seu desejo de vida e futuro para os seus filhos que o Usurpador não lhes garante. Soldado venezuelano, a mensagem é clara: faça o que manda a Constituição. Haverá amnistia e garantias para quem se posicionar ao lado do povo"", escreveu no Twitter.
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