De acordo com um comunicado divulgado, citado pela Associated Press, Guaidó sublinhou que não tem “qualquer relação ou responsabilidade por quaisquer ações” perpetradas por uma empresa de segurança privada detida pelo antigo militar norte-americano Jordan Goudreau.
O ex-combatente insiste que a empresa que detém tem um contrato com o autoproclamado Presidente do país — que é reconhecido por cerca de 60 países, entre os quais os Estados Unidos.
Contudo, Goudreau assegurou que a operação levada a cabo durante o fim de semana não teve qualquer apoio por parte de Guaidó ou de Washington.
O propósito da invasão marítima, a partir da Colômbia, foi “libertar a Venezuela”, mas isso “vai levar tempo”.
O presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela, Diosdado Cabello, informou, no sábado, que oito pessoas morreram e pelo menos duas estão detidas devido a uma tentativa frustrada de invasão marítima, perto de Caracas.
O incidente aconteceu na manhã de sábado, segundo o Governo.
“Oito pessoas morreram e duas foram detidas na operação (…). Uma ação de mercenários, um golpe contra as instituições do nosso país, uma incursão em que a ala direita certamente justificará o que aconteceu”, disse Cabello da sede da ANC, convenção constitucional criada pelo presidente Nicolás Maduro, composta apenas por leais ao seu Governo, que reclama poder sobre as instituições existentes, nomeadamente o parlamento eleito em 2015.
A oposição venezuelana acusou, entretanto, o Governo de “fabricar” a montagem de uma invasão marítima, por alegados mercenários, que queriam fazer um golpe de Estado.
“Uma montagem fabricada ou um ato criminoso manipulado pela ditadura para continuar a perseguição ao governo interino, à Assembleia Nacional e às forças democráticas”, denunciou o líder opositor e presidente do parlamento, Juan Guaidó.
A denúncia foi feita através de um comunicado em que a oposição diz que “o regime procura desviar a atenção” da situação do país para “um suposto evento repleto de inconsistências, dúvidas e contradições”.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegou que a invasão marítima frustrada domingo pelo seu Governo, tinha como “objetivo central” o seu assassínio.
“O objetivo era assassinar-me, o objetivo principal (da invasão) era matar o Presidente da Venezuela. Era um ataque terrorista no meio de uma pandemia, enquanto o povo estava em paz. Um ataque terrorista contra a tranquilidade e a paz da Venezuela”, disse.
O Governo venezuelano também responsabilizou os Estados Unidos e a Colômbia pelas “consequências imprevisíveis” da alegada tentativa frustrada de invasão marítima.
Caracas anunciou ainda a mobilização de 25.000 militares para encontrar as células rebeldes no país.
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