“Pedimos aos países membros do Conselho Permanente (da OEA), que declarem uma crise de refugiados na Venezuela e que tipifiquem os nossos migrantes como refugiados”, disse o deputado Francisco Sucre aos jornalistas.

Segundo aquele responsável, o pedido foi feito através duma carta, em ocasião da sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA convocada para tratar da emigração de venezuelanos para outros países da América Latina.

Caracas já condenou convocatória daquela sessão e acusou a OEA de ter um comportamento “hostil” para com o seu país e uma visão “seletiva e claramente politizada” do que acontece na Venezuela.

“Lamentamos a prática recorrente desta Organização de não consultar, em nenhum momento, a nossa opinião. Isto não é mais do que uma amostra do caráter hostil e não amigável”, disse o embaixador da Venezuela na OEA, Samuel Moncada.

A oposição venezuelana estima que quase quatro milhões de cidadãos tenham abandonado o país nos últimos anos, fugindo da cada vez mais intensa crise política, económica e social que afeta a Venezuela.

Segundo dados das Nações Unidas, pelo menos 2,3 milhões de venezuelanos estão radicados no estrangeiro, entre eles 1,6 milhões de pessoas que emigraram desde 2015, devido ao agravamento da escassez de alimentos, medicamentos e aos altos preços dos produtos na Venezuela, tendo em conta os baixos salários.

Países como o Brasil, a Colômbia, o Chile, o Panamá, a Argentina e o Equador figuram entre os principais destinos dos venezuelanos que emigraram para países da América do Sul.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, continua a rejeitar que haja um êxodo causado pela crise no país, afirmando tratar-se de “uma campanha mundial para justificar uma política de intervenção”, e ordenou na segunda-feira a criação de uma ponte aérea para trazer os nacionais que queiram regressar a casa.

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