O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje que os militares deram "finalmente e de vez o passo" para o acompanhar e conseguir "o fim definitivo da usurpação" do Governo do Presidente Nicolás Maduro.

"Uma nova intentona golpista que, na sequência das derrotas das provocações de 23 de fevereiro e de 06 de abril contra a Venezuela, e em afronta à ordem constitucional venezuelana, é dirigida contra o legítimo Presidente, Nicolás Maduro, e para submeter a República Bolivariana da Venezuela aos ditames dos EUA", critica o PCP, em comunicado enviado às redações.

Assim, os comunistas condenam "veementemente a nova intentona golpista contra a Venezuela e o seu povo, protagonizada por forças de extrema-direita responsáveis por ações de grande violência".

Esta "ação golpista" é, de acordo com o PCP, levada a cabo "com o apoio de um grupo de militares e o suporte da Administração norte-americana de Trump e de governos reacionários do chamado Grupo de Lima".

"O PCP considera que o Governo português, ao invés da posição de não demarcação ante a violenta ação das forças golpistas e dos EUA, e do alinhamento na tentativa do seu branqueamento, deveria condenar a ação golpista e rejeitar a constante ingerência e operação de desestabilização e subversão de que são alvo a Venezuela e o seu povo", condenam ainda.

Na perspetiva dos comunistas, seria esta "a posição que, em coerência com os princípios da Constituição da República e o Direito Internacional", defenderia "os interesses nacionais, incluindo os da comunidade portuguesa na Venezuela".

Já hoje, Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, tinha dito não ter “conhecimento objetivo” do que se está a passar na Venezuela, mas admitiu que a tentativa de golpe de Estado pode ser “mais um episódio em que fique tudo em águas de bacalhau”.

“Não tenho estado a assistir porque estou com esta preocupação dos problemas do meu país, das micro, pequenas e médias empresas, não tenho nenhum conhecimento objetivo dessa situação neste quadro da ofensiva contra a soberania daquele povo. Não tenho nenhum elemento e gosto de falar do que sei”, sublinhou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava aos jornalistas no Seixal, distrito de Setúbal, depois de um encontro com a Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas, onde se escusou a comentar a tentativa de golpe de Estado na Venezuela, apesar de admitir que “pode ser mais um episódio em que fique tudo em águas de bacalhau”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, apelou hoje a uma solução pacífica na Venezuela, após o Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ter denunciado que está a enfrentar um golpe de Estado.

"O PCP reafirma a sua solidariedade às forças bolivarianas e ao povo venezuelano e à sua luta em defesa da Revolução bolivariana e da soberania da sua pátria", conclui o comunicado do partido liderado por Jerónimo de Sousa.

Aliás, o líder comunista já tinha dito hoje, no Seixal, não ter "conhecimento objetivo" do que se está a passar na Venezuela, mas admitiu que a tentativa de golpe de Estado pode ser "mais um episódio em que fique tudo em águas de bacalhau".

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