“Estamos habituados a ter sempre muito cuidado neste tipo de conflitos e apenas contar com uma solução dos problemas quando eles estiverem definitivamente resolvidos”, afirmou José Vieira da Silva, aludindo ao acordo de princípio entre a ANTRAM e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias perigosas (SNMMP).
O acordo resultou da mediação levada a cabo pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação, a ANTRAM e o SNMMP, mas, ainda assim, o sindicato disse à agência Lusa que o pré-aviso de greve se mantém até que o documento seja aceite e assinado.
Em Alcoentre, onde participou nas comemorações do 3.º aniversário do Centro Protocolar de Formação Profissional para o Setor da Justiça (CPJ), o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social manteve também uma postura cautelosa.
“Creio que os acordos que foram alcançados são acordos que necessitam ainda de aprofundamento”, afirmou, acrescentando que o Governo está “obviamente a acompanhar com expectativa positiva, mas também com muita atenção o desenvolvimento dessa situação”.
Na quinta-feira, o presidente do SNMMP disse ter entregado o pré-aviso de greve, prevista começar em 23 de maio e por tempo indeterminado.
Já na quarta-feira, o sindicato tinha anunciado esta intenção, depois de considerar que a ANTRAM violou “os princípios da boa-fé negocial”, acrescentando que a estrutura sindical não iria conceder mais tempo aos patrões.
O anúncio da nova greve surgiu um dia depois de a ANTRAM ter revelado que a associação patronal e o sindicato tinham acordado um pacto de paz social pelo prazo de 30 dias.
O caderno reivindicativo dos motoristas inclui, além de uma remuneração base de 1.200 euros, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma.
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