O exercício “Vigilant Ace”, que inclui cerca de 230 aeronaves, incluindo caças F-22 Raptor, vai ter início na segunda-feira e durar cinco dias.

Este exercício conjunto acontece pouco tempo depois do lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico intercontinental, que poderia chegar aos Estados Unidos.

O jornal Rodong, do partido único governante na Coreia do Norte, denunciou o exercício militar.

“Esta é uma provocação aberta e total contra a Coreia do Norte, que pode levar a uma guerra nuclear a qualquer momento”, referiu o diário num editorial.

“Os norte-americanos e o seu fantoche sul-coreano farão bem em lembrar que o seu exercício militar dirigido à Coreia do Norte será tão estúpido quanto um ato que precipitaria a sua autodestruição”, indicou o editorial.

No sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte acusou o Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, de “querer uma guerra nuclear a todo custo” com esse exercício aéreo.

O conselheiro para a Segurança Nacional de Trump, H.R. McMaster, disse que a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte está a crescer.

“Eu acho que [a possibilidade de guerra] está a aumentar todos os dias, o que significa (…) que estamos numa corrida para resolver o problema”, declarou McMaster numa conferência.

“Há maneiras de lidar com esse problema fora de um conflito armado, mas é uma corrida que se aproxima cada vez mais (do seu propósito), não resta muito tempo”, sublinhou ainda.

A Coreia do Norte afirmou ter testado um novo míssil balístico intercontinental, o Hwasong-15, capaz de transportar “uma ogiva extra grande ” capaz de atingir todo o território continental dos Estados Unidos.

O líder Kim Jong-Un disse que o seu país já conseguiu o seu objetivo de se tornar num estado nuclear por direito próprio. Pyongyang ainda demonstrou que controla a tecnologia chave para garantir a sobrevivência das ogivas na reentrada da atmosfera terrestre depois de estarem no espaço.