Numa intervenção por videoconferência feita a partir de um comboio, na Ucrânia — e, entretanto, interrompida – segundo fontes diplomáticas, Zelensky alertou os líderes da União Europeia (UE), reunidos em cimeira, em Bruxelas, para o risco de a guerra se prolongar, se não forem fornecidos mísseis de longo alcance e aviões modernos de combate.
Na intervenção, feita quando regressava de uma deslocação à frente de combate em Kherson, agradeceu a ajuda militar já enviada desde o início da agressão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
O líder ucraniano apelou ainda à adoção de novas sanções à Rússia (Bruxelas vai já no 10.º pacote de medidas restritivas), avanços nas negociações de adesão da Ucrânia à UE e progressos no processo de paz.
Vários Estados-membros temem entregar a Kiev armamento que possa provocar uma escalada no conflito, apesar de a UE reconhecer que a Ucrânia tem direito a defender-se.
Entretanto, a Eslováquia já enviou quatro caças MIG-29 e a Polónia prometeu-se a entregar outros tantos.
O Conselho da UE aprovou na segunda-feira o financiamento de dois milhões de euros para a compra comum de munições de artilharia à Ucrânia.
Os líderes europeus reúnem-se hoje e sexta-feira, em Bruxelas, num Conselho Europeu novamente marcado pela guerra na Ucrânia e o reforço do apoio da UE a Kiev, reunião que contou esta quinta-feira com a presença especial do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
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