No encontro com os senadores norte-americanos Rob Portman (republicano) e Amy Klobuchar (democrata), Zelensky adiantou que discutiu o “desenvolvimento da situação na frente” do conflito com a Rússia, mas também voltou a deixar um apelo aos países ocidentais.

Para Volodymyr Zelensky, a “política de sanções contra o país agressor deve ser intensificada”.

“Um dos elementos dessa pressão deve ser a introdução de restrições de visto para os cidadãos da Federação Russa. Para que os russos sintam as consequências do seu próprio apoio à agressão contra o nosso país”, salientou o governante, numa publicação divulgada na rede social Telegram.

A questão dos vistos tem surgido na ordem do dia na ‘rentrée’ política comunitária, face aos pedidos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas também de vários países membros da UE, designadamente os Bálticos, no sentido de uma proibição de concessão de vistos a cidadãos russos.

Moscovo já garantiu que irá retaliar se a União Europeia (UE) decidir suspender os vistos para cidadãos russos em resposta à ofensiva militar de Moscovo na Ucrânia, acusando os europeus de irracionalidade “próxima da loucura”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, considera que, no atual contexto da agressão militar russa à Ucrânia, a UE não deve ter um acordo de facilitação de vistos com Moscovo, discordando, todavia, de uma proibição total.

Os 26 países do espaço Schengen (22 Estados da UE, mais a Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein) receberam em 2021 três milhões de pedidos de vistos de curta duração de todas as categorias (turismo, estudos, viagens de negócios), com os cidadãos russos a liderarem, com 536.000 pedidos.

Após o encontro com os senadores norte-americanos, Zelensky agradeceu também a assistência militar fornecida pelos Estados Unidos à Ucrânia, apelando para que esta seja “mantida e aumentada”.

“Isso é importante para a vitória da Ucrânia”, defendeu, referindo que o apoio bipartidário do Congresso norte-americano é “extremamente valioso” para o seu país.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções.

A ONU apresentou como confirmados 5.663 civis mortos e 8.055 feridos na guerra, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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