No Porto, Portugal levantou apenas o segundo troféu de toda a sua história, depois do Euro2016, ao bater a Holanda na primeira final da Liga das Nações (1-0), a nova prova da UEFA, disputada em solo luso, com a ajuda de Cristiano Ronaldo.

O avançado português marcou um ‘hat-trick’ no duelo das meias-finais com a Suíça (3-1), também no Estádio do Dragão, no Porto, e voltou a registar números impressionantes, sobretudo com a camisola da seleção nacional.

No outro lado do oceano Atlântico, o treinador Jorge Jesus entrou para a história do Flamengo com a conquista da Taça Libertadores, a segunda do emblema ‘canarinho’, tendo igualmente vencido o Brasileirão.

O ano até nem começou da melhor forma para Portugal, que somou dois empates caseiros no arranque da qualificação para o Euro2020, com Ucrânia (0-0) e Sérvia (1-1), mas tudo mudou em junho com a conquista da Liga das Nações, numa prova em que Bernardo Silva foi considerado o melhor jogador.

Apesar de um desaire na Ucrânia (2-1), que venceu o Grupo B, a seleção lusa carimbou o apuramento no Luxemburgo (2-0), mas caiu para o terceiro pote do sorteio da fase final e já sabe que vai ‘apanhar’ Alemanha e França no Grupo F do Euro2020.

Ronaldo assinou 11 golos na fase de qualificação [só foi ultrapassado por Harry Kane, que fez 12 com a Inglaterra], mas tornou-se no melhor marcador de sempre dos apuramentos europeus, destronando o irlandês Robbie Keane.

Os recordes não ficaram por aí e, também com a camisola da equipa das ‘quinas’, o jogador de 34 anos ultrapassou a fasquia dos 700 golos na carreira, tendo terminado o ano com um total de 99 ao serviço de Portugal.

Ronaldo, com a ajuda do compatriota João Cancelo, sagrou-se campeão em Itália com a Juventus, mas falhou nova conquista da Bola de Ouro e do prémio FIFA, acabando ambos por premiar Lionel Messi.

O argentino, o grande rival histórico da carreira de Ronaldo, foi, mais uma vez, determinante no FC Barcelona, que arrecadou o quatro título espanhol nos últimos cinco anos.

Na América do Sul, Jesus surpreendeu quando assinou contrato com o Flamengo, em junho, pouco depois de deixar os sauditas do Al Hilal, mas justificou a sua escolha quando levou o emblema do Rio de Janeiro à conquista da Taça Libertadores, em Lima, com um triunfo dramático sobre o River Plate (2-1), em 23 de novembro.

Os argentinos estiveram em vantagem até perto do final, mas dois golos nos últimos minutos deram a segunda Libertadores ao Flamengo [a primeira foi em 1981] e a possibilidade de, ainda este ano, disputar o Mundial de Clubes, no Qatar.

O português tornou-se no segundo treinador europeu a vencer a mais importante competição da América do Sul, imitando o feito do croata Mirco Jovic (ex-Sporting), com o Colo Colo, em 1991, e passou a ser o primeiro estrangeiro a levantar o troféu com uma equipa brasileira.

Horas depois, Jesus festejou igualmente a conquista do Brasileirão e levou o Flamengo ao seu sexto título nacional, o primeiro desde 2009.

A nível europeu, o Liverpool conquistou a Liga dos Campeões pela sexta vez, primeira desde 2005, mas não conseguiu impedir o Manchester City, de Bernardo Silva, de se sagrar bicampeão inglês.

Na Alemanha, o Bayern Munique somou a sétima Bundesliga consecutiva e, em França, o Paris Saint-Germain reforçou o seu domínio, com o seu sexto título nos últimos sete anos.

Destaque também Paulo Fonseca, que voltou a ser dominador na Ucrânia com o Shakhtar Donetsk, antes de rumar até à Roma, e para José Mourinho, que já perto do final do ano, em novembro, voltou ao ativo no Tottenham, após quase um ano de ausência.