“Estamos absolutamente tranquilos a aguardar que se faça a investigação para definitivamente dissipar quaisquer dúvidas que possam colocar em causa o desempenho profissional deste agente de futebol credenciado pela FIFA”, disse à agência Lusa o advogado Pedro Marinho Falcão.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a investigar o pagamento de comissões superiores a 20 milhões de euros relacionados com transferências de futebolistas e na segunda-feira efetuou 33 buscas, entre as quais na SAD do FC Porto e numa instituição bancária.
Visados foram igualmente, além do empresário Pedro Pinho, o presidente portista Jorge Nuno Pinto da Costa e o seu filho Alexandre, enquanto empresário de futebol.
“Não foi constituído arguido, nem há, por ora, intenção de vir a ser constituído arguido”, sublinhou Pedro Marinho Falcão.
Isto significa que o DCIAP “está apenas a fazer apenas uma mera investigação numa fase muito embrionária”, afirmou.
“É tudo muito incipiente, não havendo sequer evidências efetivas da prática do crime, razão pela qual foram feitas buscas para recolher informação adicional e saber se a atividade profissional desenvolvida pelo Pedro Pinho integra ou não a prática de qualquer tipo de natureza criminal”, frisou.
Estão em causa neste processo, segundo comunicado do próprio DCIAP, “factos ocorridos pelo menos desde 2017 até ao presente, com forte dimensão internacional e que envolvem operações de pagamento de comissões de mais de 20 milhões de euros”.
As 33 buscas de segunda-feira, acrescentou, “visaram investigar a suspeita de prática de crimes de fraude fiscal, burla, abuso de confiança e branqueamento, relacionados com transferências de jogadores de futebol e com circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios”.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD do FC Porto confirmou buscas às suas instalações e garantiu ter colaborado com a equipa de investigadores.
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