“O Governo, a Lufthansa e outros parceiros apoiam a Air Berlin nos seus esforços de reestruturação” e os seus aviões vão continuar a voar, indicou a companhia com sede em Berlim em comunicado.
A Lufthansa, gigante alemão da aviação, indicou em comunicado, estar em negociações com a Air Berlin para o resgate das atividades da empresa em dificuldades, que permitirá contratar pessoal.
A ministra alemã da Economia, Brigitte Zypries, anunciou em seguida, em conferência de imprensa, a concessão por Berlim de um empréstimo de 150 milhões de euros com o objetivo de evitar que os aviões da Air Berlin fiquem em terra, numa altura em que vários Estados regionais alemães atravessam o período de férias escolares.
“Isso deve ser suficiente para três meses”, disse a ministra, citada pela AFP.
“Nestas circunstâncias, trabalhamos sem descanso para obter o melhor para a empresa, para os clientes e para os empregados”, afirmou em comunicado Thomas Winkelmann, presidente da Air Berlin.
O sindicato ver.di referiu-se a “duro golpe” e disse que a prioridade a partir deste momento é “salvar os empregos”.
Desde 2008 que as contas anuais da companhia aérea têm fechado quase sempre no ‘vermelho’, à exceção de 2012, ano de lucros ligeiros.
A situação agravou-se recentemente, endividada em mais de mil milhões de euros, sofreu em 2016 uma perda histórica de 782 milhões de euros.
Ao longo dos últimos meses a companhia acumula atrasos e cancelamentos de voos, sobretudo por problemas com a empresa de ‘handling’ (assistência em terra), que afeta a imagem e as finanças da Air Berlin.
A meio de junho, a empresa tinha estimado, no entanto, ter liquidez suficiente e sublinhava que não antevia a bancarrota.
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