Portugal entrou bem no sábado na competição no Nippon Budokan, a casa do judo, com Catarina Costa na discussão do bronze em -48 kg, categoria em que terminaria em quinto, com diploma olímpico, mas os dias seguintes não foram bons.

Primeiro foi Joana Ramos, a perder no domingo na estreia em -52 kg, e, já na segunda-feira, Telma Monteiro, medalha de bronze no Rio2016 e crónica candidata ao pódio, saiu desolada, com três shidos, no prolongamento do segundo combate.

O ‘tempo extra’ no ‘tatami’ tem sido penalizador para os portugueses, que hoje voltaram a viver o mesmo: Egutidze, 19.º do ‘ranking’, estava empatado com o austríaco Shamil Borchashvili, 22.º, mas perdeu no ‘ponto de ouro’.

O ‘golden score’ não permite qualquer recuperação, como no tempo regulamentar, porque, nessa fase, o primeiro judoca que pontuar vence o combate, por mínima que seja a vantagem, como a obtida hoje pelo austríaco.

Com os dois judocas empatados, e com um castigo mostrado a cada um, Egutidze tentou uma pega aos 39 segundos do prolongamento, mas Borchashvili aproveitou a ação do português para contra-atacar e conseguir uma vantagem de waza-ari.

A época até estava a ser positiva para o judoca de -81 kg, depois de ter sido quinto nos Europeus de Lisboa e terceiro nos Mundiais de Budapeste, mas a estreia olímpica não correu como Egutidze, de origem georgiana, terá desejado.

Desde sábado, Portugal já teve em ação no Nippon Budokan metade da comitiva de judo que tem nestes Jogos Olímpicos Tóquio2020 – a maior delegação a par dos ‘oito’ em Barcelona92 -, ficando a faltar a outra metade, a competir ainda entre quarta e sexta-feira.

Na quarta-feira será a vez de Bárbara Timo, vice-campeã mundial de -70 kg em 2019, na quinta-feira de Patrícia Sampaio (-78 kg) e do bicampeão mundial Jorge Fonseca (-100 kg), o mais forte candidato a uma medalha, e na sexta-feira de Rochele Nunes (+100 kg), bronze nos Europeus de 2020 e 2021.