25 milhões de euros, um salário anual de 4,5 milhões de euros e um contrato válido por cinco temporadas. Segundo a imprensa gaulesa e britânica, parece estar tudo acertado entre Manchester United e Paris Saint-Germain para a que o defesa lateral direito Serge Aurier troque o Parque dos Príncipes, em Paris, por Old Trafford, a casa da equipa inglesa comandada por José Mourinho.

Mas o que é que está a complicar as contas?

Para poder compreender os limites legais em volta desta possível transferência é necessário recuar até maio do ano passado. Mês em que o defesa costa-marfinense terá, de acordo com a justiça francesa, agredido um polícia à saída de uma discoteca no centro de Paris.

Os agentes afirmaram que, quando interceptaram o jogador de 24 anos, este recusou-se a parar o carro que conduzia e quando foi obrigado a sair do veículo foi violento, atacando um deles com o cotovelo. Aurier confirmou que houve um conflito com um dos agentes, mas que foi atacado em primeiro lugar.

O caso terminou com uma condenação de dois meses de prisão efetiva para o defesa do Paris Saint-Germain para além do pagamento de 600 euros, por perdas e danos, e de 1.500 euros de custas judiciais, e com o recurso por parte da defesa do internacional da Costa do Marfim.

Apesar de não ter tido repercussões imediatas, em novembro de 2016 Aurier acabou por ser impedido pelas autoridades britânicas de entrar no Reino Unido, onde o PSG iria defrontar o Arsenal, em jogo a contar para a Liga dos Campeões de futebol.

Na base da condenação, que não implicou um mandado de detenção, esteve o facto de o lateral direito, de 24 anos, se ter envolvido num conflito com um polícia, à saída de uma discoteca no centro de Paris.

Segundo o PSG, segundo classificado do grupo A da Liga dos Campeões, atrás do Arsenal, o jogador deveria ser autorizado a viajar uma vez que aguarda uma decisão sobre o recurso que apresentou. Mas tal não aconteceu e agora, esse mesmo impedimento pode-se extrapolar para a decisão da transferência do costa-marfinense para o Manchester United de José Mourinho.

Com o recurso ainda pendente nos tribunais franceses, ou seja, com a situação completamente inalterada quando comparada com a tentativa de entrada do jogador em solo britânico em novembro de 2016, é de prever que a oficialização da contratação fique dependente do avalo, ou falta dele, por parte das autoridades britânicas decida esta transferência.