Segundo a edição do relatório anual "Deloitte Football Money League", os ‘encarnados' geraram 170,3 milhões de euros, na primeira época afetada pela pandemia de covid-19 e os impactos que teve na indústria do futebol.
Os lisboetas sobem uma posição face a 2018/19, mas nesse ano tinham registado receitas de 197,7 milhões de euros, ‘perdendo' cerca de 27 milhões em receitas.
De fora do ‘top 30' está o FC Porto, que era 29.º em 2018/19, com uma receita calculada em 176,2 milhões, mas na 24.ª edição do relatório está ausente. O 30.º clube, o AC Milan, faturou 148,5 milhões, pelo que a quebra nas receitas fica patente.
No ‘top-30', só os russos do Zenit, no 15.º posto, o Benfica e o Ajax (27.º), da Holanda, representam campeonatos de fora das chamadas ‘big five’: Inglaterra, Espanha, França, Alemanha e Itália, e todos são emblemas europeus.
No geral, os 20 clubes com as maiores receitas geraram um total combinado de 8,2 mil milhões de euros, menos 1,1 mil milhões do que na época anterior, uma contração de 12%.
A queda mais substancial prende-se com direitos de transmissão, que ‘tiraram' 937 milhões de euros às contas dos clubes devido ao adiamento de pagamentos no ano financeiro, com a segunda metade da temporada com uma interrupção de vários meses nos campeonatos.
Apesar de um crescimento de 3%, ou 105 milhões de euros, em receitas comerciais, também a queda de receitas de dia de jogo, de 17% (257 milhões) se fez sentir, com os clubes a retomarem as competições à porta fechada.
"Estimamos que os clubes da ‘Money League' acabem a perder mais de dois mil milhões de euros em receitas até ao final da temporada 2020/21, incluindo montantes relativos ainda a 2018/19", pode ler-se no estudo, que atribui estas perdas à covid-19, que limitou o retorno aos estádios, alterou as dinâmicas de negociação dos direitos de transmissão televisiva e afetou a tendência de crescimento dos clubes.
O FC Barcelona está no primeiro lugar com 715,1 milhões de euros, menos de um milhão a mais do que o Real Madrid, no segundo lugar. Se os catalães desceram cerca de 125 milhões, os ‘madrilenos' faturaram menos 40 milhões.
O campeão alemão e europeu, o Bayern de Munique, completa o pódio com 634,1 milhões de euros, com o Tottenham, treinado por José Mourinho, no nono lugar, com 445,7 milhões, ultrapassado no oitavo lugar que ocupava em 2018/19 pelo vizinho e rival Chelsea (469,7 milhões).
Nos primeiros 10 clubes com mais receitas, nota para a presença de apenas um clube italiano, a Juventus de Cristiano Ronaldo, no 10.º posto, com 397,9 milhões de euros, abaixo do representante francês Paris Saint-Germain, sétimo com 540,6 milhões.
O ‘top 20', de resto, inclui apenas dois novos clubes, o Zenit, um dos poucos clubes que cresceu na época e que somou 236,5 milhões de euros, e os alemães do Eintracht Frankfurt, com 174 milhões.
A Deloitte olhou ainda para o futebol feminino, constatando que 18 das 20 equipas com mais receitas a nível global têm uma equipa, ainda que apenas oito, menos de metade, tenham um patrocinador dedicado nas camisolas, o que configura "um potencial de crescimento substancial".
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