Segunda classificada no grupo G da prova europeia, a formação portuguesa recebe, na quinta-feira, a equipa romana, vencedora do grupo A, em jogo da primeira mão, e o técnico minhoto disse acreditar no “caráter” e na “qualidade” dos seus pupilos para vencer o jogo ou manter, pelo menos, a eliminatória em aberto frente a “uma grande equipa”.
“Vamos defrontar uma equipa de ‘top’ europeu. Do outro lado, o Sporting de Braga é uma equipa de grande caráter. Temos jogadores que aspiram o topo de futebol, com abnegação e qualidade para defrontar ‘olhos nos olhos’ a Roma. Queremos ficar dentro da eliminatória para o segundo jogo, porque nada se vai decidir amanhã [quinta-feira]. Se possível, queremos ir para a segunda mão em vantagem”, disse, na antevisão ao desafio marcado para as 17:55.
Convicto de que tanto o Sporting de Braga, terceiro classificado da I Liga portuguesa, como a Roma, terceira da Série A italiana, vão entrar em campo para atacar e “tentar fazer golos”, Carlos Carvalhal reconheceu os “pontos fortes e as vulnerabilidades” do adversário, mas admitiu que os italianos também detêm esse conhecimento face aos ‘arsenalistas’ e elogiou o seu treinador, o português Paulo Fonseca.
“Se houvesse alguma dúvida [da qualidade da Roma], o treinador fica sozinho quando há paragens internacionais [para as seleções]. Mas há muito mais do que qualidade individual. Há um coletivo muito forte, com um treinador muitíssimo bom, que promove uma identidade própria que conhecemos bem. Têm uma dinâmica ofensiva muito forte, também têm tido algumas oscilações no processo defensivo”, disse.
Afirmou ainda sentir um “orgulho muito grande” pelo rendimento que os seus jogadores têm apresentado no último mês, com “jogos de três em três dias” – desde 17 de janeiro, a equipa realizou nove jogos, tendo vencido seis, empatado dois e perdido um, com o Sporting, na final da Taça da Liga (1-0).
“O nosso nível é altíssimo. Estamos confiantes. Não estamos cansados. Mas, em vez de ter 10 jogos nos últimos 30 dias, preferia ter quatro ou cinco. Mas esta é a realidade. O calendário apertou neste ano”, salientou.
Para Carvalhal, o Sporting de Braga está em “desvantagem” no capítulo da recuperação física comparativamente aos mais recentes adversários, exceptuando o FC Porto, e realçou que os jogadores estão em “défice físico”, pois, no seu entender, nenhuma equipa se consegue regenerar bem de uma série de mais de três jogos em intervalos de três dias.
“É possível fazer dois ou três jogos de três em três dias. Quando se chega ao quarto e ao quinto [jogo], já é diferente a recuperação. Em Inglaterra, não se joga sempre de três em três dias. Joga-se uma vez de três em três dias e o intervalo seguinte tem quatro dias. Andar sobre isto é andar sobre ‘arame farpado’. Temo-lo feito bem, porque temos um caráter muito grande”, disse.
Ao lado do seu treinador, o avançado Ricardo Horta, melhor marcador do clube minhoto nas provas europeias, com 12 golos, dois deles na época em curso, preferiu focar a vontade da equipa em explorar os seus “pontos fortes” e as “fraquezas” da Roma para tentar vencer o jogo.
“A Roma é uma grande equipa com grandes jogadores. Ainda ontem [na terça-feira] estivemos a ver os últimos detalhes sobre eles. Sofrem muitos golos na fase de construção. Vamos tentar fazer das fraquezas deles as nossas forças”, disse.
O Sporting de Braga recebe os italianos da Roma, em partida agendada para as 17:55 de quinta-feira, no Estádio Municipal de Braga, com arbitragem de István Kovács, da Roménia.
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