Dressel e Ledecky foram, porém, os principais protagonistas, ele porque continua a justificar o estatuto que lhe era apontado como grande estrela da natação em Tóquio e ela porque continua a fazer história olímpica, aumentando a ‘lenda’ para sete ouros.
Num dia com dois recordes do mundo, Dressel bateu o primeiro, ao vencer os 100 metros mariposa em 49,45 segundos, retirando cinco centésimos ao anterior máximo, que já lhe pertencia, com 49,50, feitos em 26 de julho de 2019.
O norte-americano, que superou também o recorde olímpico que batera na véspera (49,71), passou a contar três medalhas de ouro, repetindo o que conseguira nos 100 metros livres e na estafeta dos 4x100 metros livres.
Dressel somou o terceiro título e marcou também posição para um quarto, ao ser o mais rápido nas meias-finais dos 50 metros livres, com 21,42 segundos. A Final é no domingo.
O nadador de 24 anos, nascido em Green Cove Springs, não acabou, porém, a jornada como sonhara, já que a estafeta dos Estados Unidos foi apenas quinta na final dos 4x100 metros estilos mistos, com Dressel a entrar no último percurso a ‘quilómetros’ dos principais adversários.
A prova foi conquistada pela Grã-Bretanha, que bateu o recorde do mundo, em 3.37,58 minutos, com um quarteto composto por Kathleen Dawson, Adam Peaty, James Guy e Anna Hopkin, depois de já ter vencido o ouro nos 4x200 metros livres masculinos.
Os britânicos retiraram 83 centésimos de segundo à anterior melhor marca de sempre, que pertencia à China, com 3.38,41 minutos, em 26 de setembro de 2020, e também ‘apagaram’ o recorde olímpico que haviam batido há dois dias (3.38,75 minutos).
No setor feminino, Katie Ledecky, de 24 anos, logrou o ‘tri’ nos 800 metros livres, repetindo, com 8.12,57 minutos, o ouro de Londres2012 (8.14,63 minutos) e do Rio2016 (8.04,79 - marca que continua a ser recorde mundial e olímpico -, em 12 de agosto).
A norte-americana, que passou a somar sete ouros e três pratas, venceu os 800 metros livres em Londres, com apenas 15 anos, para, no Rio de Janeiro, somar quatro títulos, nos 200, 400, 800 e 4x200 metros livres, e um segundo lugar, na estafeta dos 4x100 livres.
Em Tóquio2020, Ledecky já venceu duas medalhas de ouro, nos 800 e nos 1.500 metros – prova em estreia no feminino -, e duas de prata, nos 400 e 4x200 metros livres.
A nadadora de Washington DC fez história e aproveitou para ‘vingar’ a derrota sofrida nos 400 metros livres, para a australiana Ariarne Titmus, que conquistou, ainda assim, a sua quarta medalha na capital japonesa.
Titmus, campeã olímpica dos 200 e 400 metros livres e bronze nos 4x200 livres, ficou com a prata nos 800, ao nadar em 8.13,83 minutos, novo recorde da Oceânia. A italiana Simona Quadarella foi terceira classificada, em 8.18,35.
Por seu lado, a australiana Kaylee McKeown, de 20 anos, tornou-se a sétima nadadora a conseguir a ‘dobradinha’ no estilo de costas, ao vencer os 200 metros, em 2.04,68 minutos, repetindo o sucesso conseguido nos 100.
Depois da prata nos 100 costas, a canadiana Kylie Masse voltou a ser segunda nos 200 (2.05,42 minutos), pelo que, neste estilo, só o último lugar do pódio foi diferente, com o de hoje a ser preenchido com a australiana Emily Seebohm (2.06,17).
O programa de natação dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 fecha no domingo, com a realização de cinco finais, os 50 metros livres e os 4x100 metros estilos, em masculinos e femininos, e os 1.500 metros livres masculinos.
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