“Há uma coisa muito importante que eu digo sempre: não basta ter contrato para se jogar no FC Porto, é preciso algo mais. Quando assim for, estaremos todos de acordo. Toda a gente é inteligente para perceber o que quero dizer”, reagiu o técnico, na conferência de imprensa de lançamento do embate da segunda mão das meias-finais da prova ‘rainha’.
A imprensa noticiou hoje que Jorge Sánchez, André Franco, Iván Jaime e Toni Martínez terão sido colocados a treinar à parte do plantel por falta de empenho, na sequência do empate averbado pelo FC Porto na receção ao Famalicão (2-2), da 29.ª ronda da I Liga.
“Perdemos dois pontos e, para mim, foi uma derrota. Agora, vim para cá com o intuito de trabalhar de uma forma muito séria. Estou mais introspetivo, desiludido e triste, mas não venho a rir-me para o Olival. É importante que as pessoas entendam o que é representar o FC Porto e saber que ganhar é normal, mas empatar e perder não tem de ser normal”, admitiu, considerando que “não há questão” em relação aos quatro jogadores em causa.
Os ‘dragões’ foram alcançados pelo Sporting de Braga no terceiro lugar do campeonato, ficando também a 15 pontos do líder isolado Sporting, que joga hoje em Famalicão, num jogo em atraso da 20.ª jornada, e a 11 do campeão nacional Benfica, segundo.
Sem retirar demérito próprio ao FC Porto pelo contexto atual, Sérgio Conceição voltou a criticar a atuação das equipas de arbitragem, um dia depois de terem sido reveladas as comunicações da polémica derrota na Amoreira com o Estoril Praia (1-0), da 27.ª ronda.
Esse embate ficou marcado pela reversão de uma grande penalidade de Mangala sobre Francisco Conceição no início da segunda parte, com o vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), João Ferreira, a reconhecer que houve uma intervenção “excessiva” do videoárbitro (VAR) Tiago Martins, num “lance complexo”.
“Isso já passou e não há nada a fazer. O que me espanta é o árbitro – que é comandante do jogo – estar quase a pedir a bênção do VAR para ser anulado o penálti. Se ouvirem o áudio, é inacreditável. Têm de me explicar o que é que o protocolo diz, até porque eu já nem sei quando é ou não é penálti, ou quem tem mais poder”, criticou Sérgio Conceição.
O FC Porto pode ficar arredado do título se o Sporting não perder com o Famalicão, mas está a apenas uma partida de chegar pela quinta vez em seis temporadas à final da Taça de Portugal, partindo em vantagem para o reencontro com o Vitória (1-0).
“Não se trata de salvar a época. Uma equipa como a do FC Porto tem de lutar por títulos. Temos de ser competentes para suplantar uma equipa bastante difícil, bem trabalhada e que tem jogadores com alguma experiência. Esse é o nosso trabalho. Não é para salvar nada, mas para tentar estar presentes mais uma vez na decisão de um troféu”, delineou.
Envolvidos por um recorde de 19 triunfos seguidos na prova ‘rainha’, que venceram nas últimas duas épocas, os ‘dragões’ voltam a contar com João Mário e o capitão Pepe, ao passo que Diogo Costa, Samuel Portugal, Fábio Cardoso, Marcano e Zaidu constam do boletim clínico e Evanilson cumprirá suspenso, após ter sido expulso face ao Famalicão.
O FC Porto, detentor do cetro, encara o Vitória de Guimarães, vencedor em 2012/13, na quarta-feira, às 20:15, no Estádio do Dragão, no Porto, num duelo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal dirigido por Artur Soares Dias, da associação do Porto.
O vencedor da eliminatória marcará encontro com o Sporting, líder isolado da I Liga, na decisão da 84.ª edição da competição, em 26 de maio, no Estádio Nacional, em Oeiras.
Comentários