“Não há euforia nenhuma. Existe a alegria pela conquista de um título, mas, no final do encontro [com o Sporting], já estava com um discurso virado para o [desafio diante do] Marítimo. É normal depois de uma vitória pensar que teremos de estar, no mínimo, a um nível igual para darmos continuidade”, sinalizou o técnico, em conferência de imprensa.

Os campeões nacionais conquistaram pela primeira vez a Taça da Liga no sábado, ao baterem na final o então bicampeão em título Sporting (2-0), em Leiria, para quebrarem um ‘jejum’ de 16 anos e passarem a deter simultaneamente os quatro cetros nacionais.

“O chip tem de ser sempre o mesmo, que é trabalhar no limite para ganhar os jogos. Não há aqui nenhuma mudança de chip, mas um jogo que iremos abordar. Esse chip tem de ter sempre os comportamentos de que falo sempre para estarmos no máximo. A vitória merecida na Taça da Liga passou. Agora, é olhar para o campeonato, que é o principal objetivo, e um jogo difícil, num campo que historicamente não é fácil de se jogar”, frisou Sérgio Conceição, que superou o ‘rei’ Artur Jorge para se destacar como treinador mais titulado da história do clube, graças aos nove troféus vencidos em cinco épocas e meia.

Em edições da I Liga disputadas com 18 equipas, o FC Porto parte para a segunda volta na terceira posição pela primeira vez desde 2001/02, com 39 pontos, resultantes de 12 vitórias, três empates e duas derrotas, sem ainda ter somado dois êxitos seguidos fora.

“Teremos de ser mais competentes em alguns momentos do que fomos na primeira volta para não se perder tantos pontos. O bom disto é que há toda uma segunda volta para se jogar e retificar certas coisas que não fizemos tão bem, de forma que a equipa seja mais sólida e competente”, estabeleceu, projetando “uma final” para os ‘dragões’ no Funchal.

A equipa de Sérgio Conceição está a um ponto do ‘vice’ Sporting de Braga, que visita na quarta-feira o Sporting, quarto colocado, e provisoriamente a oito do líder Benfica, que jogará hoje em Arouca, cinco dias depois da vitória alcançada no terreno do lanterna-vermelha Paços de Ferreira, por 2-0, num confronto antecipado da 20.ª ronda da I Liga.

“Temos de perceber onde estamos neste momento. Estamos atrás de dois rivais. Nesse sentido, a margem de erro é mínima e curta. Temos noção disso. Depois, olhamos para aquilo que pode ser o jogo e o que o Marítimo tem feito nos últimos jogos com esta nova equipa técnica. Há que olhar para o jogo em si, mas não podemos olhar para tudo aquilo que o envolve. Se tivermos esse tipo de comportamento, as coisas podem não correr tão bem como queremos”, lembrou, sendo que o FC Porto averbou cinco igualdades e dois desaires no Funchal em duelos a contar para o campeonato nas derradeiras 10 épocas.

O Marítimo não perde há quatro rondas seguidas em casa, onde venceu Sporting (1-0) e Estoril Praia (1-0) sob orientação de José Gomes, colocando-se a apenas um ponto da vaga de acesso ao play-off de manutenção e a cinco da zona de ‘salvação’ automática.

“Historicamente, é sempre um jogo muito difícil. É verdade que, depois da vitória sobre o Sporting, não fez uma exibição tão bem conseguida em Vizela [derrota por 3-0, na 16.ª ronda], mas o Marítimo está num bom momento e tem jogadores com qualidade, que não condizem com o lugar da equipa na tabela classificativa. É uma formação interessante, com intensidade, agressiva no jogo e muito pressionante”, descreveu Sérgio Conceição.

Francisco Meixedo e o sérvio Marko Grujic estão em tratamento das respetivas lesões, enquanto o brasileiro Evanilson prossegue em regime de treino integrado condicionado.

O FC Porto, terceiro colocado, com 39 pontos, um abaixo do ‘vice’ Sporting de Braga e a oito do líder Benfica, que tem mais um jogo realizado, visita o Marítimo, 17.º e penúltimo, com 13, na quarta-feira, a partir das 19:00, Estádio do Marítimo, no Funchal, num embate da 18.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.