“Temos de trabalhar, focar na nossa equipa e perceber que, do outro lado, vai estar um adversário de um patamar elevadíssimo, que trabalha há algum tempo, e bem, com a sua equipa técnica. Iremos ter um jogo de grau de dificuldade muito alto. Por vezes, os jogos que pensamos teoricamente que são os mais fáceis tornam-se difíceis e vice-versa. As pessoas não vão olhar tanto para a beleza do jogo, mas para o resultado”, reconheceu Sérgio Conceição, na antevisão à reedição do duelo decisivo de 2018/19, em Leiria.

Os ‘dragões’ apuraram-se pela quinta vez para a decisão da prova mais jovem do futebol profissional luso na quarta-feira, ao derrotarem o Académico de Viseu, da II Liga, por 3-0, um dia após o êxito ‘leonino’ sobre o primodivisionário Arouca, por 2-1, nas meias-finais.

“[O FC Porto] Tem de marcar mais golos do que o Sporting para ganhar esta competição. Era um objetivo estar nesta final e estamos, tal como era estarmos nos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões e também o conseguimos. Não está a ser tudo positivo [na temporada], porque temos algum atraso em relação a dois adversários no campeonato. De qualquer maneira, há muita coisa positiva e temos a possibilidade de conquistar mais um título”, enquadrou, ambicionando ficar simultaneamente na posse dos quatro troféus nacionais.

Sérgio Conceição detetou “nuances diferentes” no Sporting, que o FC Porto já bateu em casa (3-0) para a terceira ronda da I Liga, em 20 de agosto de 2022, numa fase em que ‘dragões’ e ‘leões’ acabaram a primeira volta nos terceiro e quarto postos, respetivamente, separados por sete pontos, estando atrás do líder Benfica e do ‘vice’ Sporting de Braga.

“Eventual ausência de Pedro Porro? Não influencia, já que somos fiéis àquilo que somos como equipa, mas estamos atentos à dinâmica coletiva do adversário e aos atletas que fazem parte dela. O Pedro Porro é diferente do Ricardo Esgaio, sem dúvida. Sendo muito ofensivos, têm características diferentes. Dando outro exemplo: é diferente jogarem na frente Paulinho, Francisco Trincão e Marcus Edwards ou Pedro Gonçalves”, comparou.

No final do triunfo sobre o Académico de Viseu, o treinador ‘azul e branco’ tinha dito que “não era justo chegar ao jogo de sábado com menos 24 horas de descanso” do que os ‘leões’, mas hoje lembrou que o bicampeão em título da prova “já esteve do outro lado”.

“Acho que toda a gente está no mesmo patamar quanto a essa recuperação, que é tão importante, porque os atletas estão mais próximos de poderem ter uma lesão e sermos prejudicados nas outras competições. Foi nesse sentido que eu falei. Jogar ao quarto dia não é a mesma coisa que jogar ao terceiro. Depois, estamos a disputar uma final, contra um adversário fortíssimo e todos os minutos de recuperação são importantes”, adicionou Sérgio Conceição, assumindo que “não vai utilizar isso como desculpa no final do jogo”.

Esperando que o relvado do Estádio Dr. Magalhães Pessoa “esteja bom” para “privilegiar o espetáculo”, depois de ter visto em jogos anteriores “alguns atletas com dificuldade na aderência e a escorregarem várias vezes”, o técnico voltou a descartar ensaiar penáltis.

“Tudo é importante, mas posso confidenciar que não treinei. Faz parte das unidades de treino e dos esquemas táticos, mas treinar penáltis na véspera de um jogo… Se quem os bate bem falha, vai com um pensamento para a partida que eu acho que é de evitar. Não é na véspera de uma final que se vai treinar penáltis. Isso vai-se treinando”, considerou.

Francisco Meixedo e o sérvio Marko Grujic estão lesionados, enquanto Evanilson evoluiu hoje para treino integrado condicionado, de acordo com o boletim clínico do clube, com Sérgio Conceição a salvaguardar “algum tempo” até ao regresso do avançado brasileiro.

O FC Porto, finalista derrotado em 2009/10, 2012/13, 2018/19 e 2019/20, vai defrontar o Sporting, vencedor em 2017/18, 2018/19, 2020/21 e 2021/22 e bicampeão em título, no sábado, às 19:45, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, no encontro decisivo da 16.ª edição da Taça da Liga, com arbitragem de João Pinheiro, da associação de Braga.

Sérgio Conceição pode chegar ao nono cetro e superar Artur Jorge como treinador mais titulado de sempre dos ‘dragões’, que orienta desde 2017/18, após já ter arrebatado três edições do campeonato, duas Taças de Portugal e três Supertaças Cândido de Oliveira.

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