Numa assembleia geral extraordinária, com cerca de 50 participantes, os órgãos sociais informaram que a dívida da SAD para com o clube ascende a pelo menos 190 mil euros, dos quais 120 mil euros são referentes à transmissão dos direitos desportivos da equipa principal para a SAD, em 2016, e o restante engloba cerca de seis meses de atraso no pagamento de rendas referentes à utilização das instalações e outros valores estipulados nos contratos assinados.
A comissão ficou mandatada para tentar, nos próximos 15 dias, desbloquear a situação junto da SAD.
Caso não chegue a um entendimento, a direção do clube terá, conforme a proposta aprovada, "plenos poderes para usar todos os meios ao seu dispor, incluindo o recurso aos tribunais, para fazer valer os direitos do clube nos acordos assinados" e "impedir à SAD o acesso a equipamentos, instalações e símbolos do clube enquanto se mantiverem os incumprimentos".
A direção do Cova da Piedade poderá, ainda, "rescindir os contratos celebrados caso os incumprimentos se mantenham".
A reunião ficou também marcada por um comunicado da SAD, publicado instantes antes, em que esta "manifesta a sua profunda repulsa por ser impedida de participar na assembleia".
A nota foi acompanhada de uma carta enviada pelo Cova da Piedade ao presidente da administração da SAD, Kuong Chun Long, no dia 8 de fevereiro, a informar da eliminação da sua inscrição de sócio do clube por "atraso no pagamento de seis quotas". A decisão foi justificada pelo presidente do clube, Paulo Veiga, ao abrigo dos estatutos.
O comunicado da SAD adianta, ainda, que irá promover uma sessão de esclarecimento na quinta feira e convida "todos os sócios do clube, bem como a direção e o seu presidente" a marcar presença no encontro.
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