Numa nota, transcrita pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), pode ler-se que a “evolução da doença em vários países” após a última atualização do COI, em 14 de fevereiro, levou a uma alteração da política.
Ainda que a Organização Mundial de Saúde não tenha declarado este surto como uma pandemia, com os casos “sob controlo das respetivas autoridades nacionais”, o COI anunciou que vai alterar “temporariamente a sua política de viagens para funcionários e consultores”, pelo que “apenas viagens essenciais serão permitidas” e devem ser procuradas alternativas.
A medida visa responder ao “risco de uma interrupção significativa de viagens devido ao cancelamento de voos e outros transportes”, bem como às “mudanças nas restrições de entrada em alguns países adotadas por diferentes autoridades governamentais”.
Com os preparativos para Tóquio2020 a continuarem “como planeado”, até por já estarem previstas medidas para surtos do género, continua o diálogo e monitorização entre as várias organizações, com a OMS à cabeça.
“Temos plena confiança de que as autoridades relevantes, em particular no Japão e na China, tomarão todas as medidas necessárias para resolver a situação”, explica o COI.
Também o percurso planeado para a tocha olímpica “deve ocorrer conforme planeado”.
“A situação está a ser monitorizada com cuidado e Tóquio 2020 está a colaborar estreitamente com as prefeituras regionais para avaliar o contexto local. O COI está a trabalhar com as Federações Internacionais e os Comités Olímpicos Nacionais a propósito da participação dos seus atletas em eventos de qualificação para os Jogos Olímpicos”, explica a nota.
A nota do COI inclui ainda várias informações e recomendações médicas para toda a população com o objetivo de evitar a difusão da epidemia.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infetadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 33 mil recuperaram.
Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 25 casos suspeitos de infeção, sete dos quais ainda em estudo.
Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.
O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.
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