A nadadora norte-americana Katie Ledecky pode igualar o recorde feminino de nove medalhas de ouro olímpicas da ginasta russa Larisa Latynina, se vencer a prova dos 800 metros livres de Paris2024, em dia de muitas decisões importantes.

Para reescrever a história dos Jogos Olímpicos, Ledecky só tem de cumprir a ‘rotina’ das três edições anteriores, uma vez que a prova apenas conheceu uma vencedora desde Londres2012: a atleta norte-americana, que tinha apenas 15 anos quando conquistou o título na capital inglesa.

Hoje, aos 27 anos, com mais duas medalhas de ouro nos 800 metros livres, alcançadas no Rio2016 e em Tóquio2020, Ledecky pode tornar-se a primeira nadadora a ganhar quatro vezes a mesma prova olímpica, algo que só o extraordinário compatriota Michael Phelps conseguiu, nos 200 metros estilos.

Ledecky deverá também reforçar o estatuto de segunda atleta com maior número de medalhas olímpicas, se arrebatar a 14.ª, mantendo-se apenas atrás da russa, que alcançou 18, ainda que ambas possam receber em breve a companhia de outra norte-americana, a ginasta Simone Biles.

Biles já venceu o concurso individual e por equipas em Paris, elevando o pecúlio olímpico para seis títulos, e hoje prepara-se para alcançar o sétimo, na prova de salto (para a qual parte com a melhor nota da qualificação), podendo ainda disputar as finais de trave e solo.

No atletismo, a final dos 100 metros femininos também promete ser marcante, com o favoritismo a recair sobre a norte-americana Sha'Carri Richardson, que pode aproveitar a ausência de Shericka Jackson para pôr fim ao longo reinado da Jamaica, vencedora das últimas quatro edições.

Na prova de fundo de ciclismo, a ausência do esloveno Tadej Pogacar, vencedor da Volta a França de 2024, abre boas perspetivas ao neerlandês Mathieu van der Poel para a conquista da medalha de ouro, uma das 29 que serão atribuídas hoje na XXXIII edição do maior evento desportivo mundial.