Vieira realçou a entrada na sua lista de Rui Costa, com quem já trabalha há doze anos no âmbito da SAD, vincando que o antigo futebolista “tem a essência do Benfica”, e assinalando a “paixão, o inconformismo e a mística” de quem já jogou nas ‘águias’.

“Já discordámos, já divergimos, porque isso é normal entre os que têm de decidir, mas sempre estivemos de acordo no essencial. Sabe o que foi feito, sabe de onde viemos e para onde vamos, sabe o que queremos e o que projetamos para o futuro do Benfica. Eu represento o presente, o Rui representa o futuro”, lançou Vieira.

Durante a apresentação dos candidatos aos órgãos sociais da sua lista, num hotel em Lisboa, o presidente do Benfica garantiu ainda que Rui Costa “não vai ser remunerado” pelo cargo de vice-presidente, caso a lista de Vieira seja a vencedora.

O responsável elogiou a diversidade dos vários nomes que o acompanham, afirmando que parte para estas eleições “com a mesma ambição e a mesma determinação” que tinha em 2003, e mostrando-se confiante em nova vitória nas urnas.

“Não mudei, cumpri e continuarei a cumprir com a promessa que fiz quando assumi, pela primeira vez, o lugar mais nobre e de maior responsabilidade do Sport Lisboa e Benfica. Em alguns momentos, falhei por ação, mas nunca por omissão”, disse Vieira.

E acrescentou: “Sempre estive presente, sempre agi em função da minha consciência e da visão que tinha para o Benfica. Nunca fugi nas tempestades, nem hesitei nas crises. E é assim que vou continuar”.

Depois, Vieira deixou alguns ‘recados’ aos seus adversários nestas eleições, frisando que “não basta invocar o futuro como argumento eleitoral”, já que “o futuro não é o que se promete, mas sim o que se conquista” e “o futuro não se alcança com tiradas demagógicas ou títulos de jornais”.

O líder das ‘águias’ invocou que tem “a credibilidade do trabalho feito no passado para poder garantir o futuro, enquanto outros, que hoje prometem o futuro, não estiveram no passado”.

“Essa é a diferença entre os que prometem e os que já provaram que fazem”, referiu.

Vieira considerou também que “fazer promessas em 2020 é fácil”, mas disse que não viu “essa energia, nem essa disponibilidade” em nenhum dos que hoje se propõem liderar o clube e que se apresentam às eleições agendadas para 30 de outubro.

“Não os vi avançar quando o Benfica atravessou um dos seus períodos mais críticos. E não venham dizer que estiveram apenas porque aparecem numa fotografia”, atirou, rematando que “‘vender’ o futuro quando não se tem responsabilidades é fácil”, mas “assumir a crítica como rotina diária não é apresentar-se como alternativa, é apenas uma irresponsabilidade”.