Através da conta na rede social Twitter, o duque de Cambridge, presidente da Federação inglesa de futebol (FA), qualificou como “totalmente inaceitáveis” os abusos dirigidos a alguns dos jogadores após a derrota no desempate por grandes penalidades.
No domingo, a Itália conquistou o seu segundo título de campeã europeia de futebol, 53 anos depois, sucedendo a Portugal, ao bater a anfitriã Inglaterra por 3-2, nas grandes penalidades, após 1-1 nos 120 minutos, na final do Euro2020, em Londres.
“Sinto-me doente com os insultos racistas depois do jogo de domingo. É totalmente inaceitável que os jogadores tenham que suportar este comportamento detestável. Isto tem de acabar, agora, e todos os envolvidos devem prestar contas”, escreveu.
No próprio dia, já a FA e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tinham criticado os insultos aos “heróis” ingleses, em particular Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka, que falharam três grandes penalidades na derrota, após um empate a uma bola no tempo regulamentar e prolongamento.
A polícia de Londres disse estar "a investigar" as publicações "insultuosas e racistas".
O futebol inglês tem sido flagelado há vários meses pelo racismo 'online' que visa os jogadores após a derrota ou desempenhos dececionantes nos respetivos clubes.
A final da Euro também foi marcada por incidentes com adeptos sem bilhetes que conseguiram entrar no estádio, quebrando barreiras de segurança e sobrecarregando os trabalhadores do recinto.
Uma cena de violência com adeptos a desferirem murros e pontapés a um homem asiático nos corredores do estádio foi filmada e publicada nas redes sociais, com um total de 45 detenções em torno da final.
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