A edição 2023/2024 da I Divisão feminina, que se inicia este fim de semana, foi alvo de uma sessão de lançamento que teve lugar no Edifício All In One, em Lisboa, e contou com representantes de todos os clubes que disputam o principal campeonato feminino português e ainda uma jogadora de cada conjunto, à exceção do Sporting de Braga.

A sessão contou ainda com um curto debate, subordinado ao tema ‘O futebol como motor social da Igualdade’, que concentrou ideias sobre o estado atual do futebol feminino em Portugal e foi aberto à participação de todos os presentes.

A principal novidade do evento residiu na criação de um programa de bolsas de estudo para jogadoras que disputem a Liga feminina, numa parceria entre a FPF, o banco BPI, patrocinador da competição, e a Fundação ‘La Caixa’.

A iniciativa permitirá a 20 jogadoras que disputem o campeonato feminino português seguir o seu percurso académico em simultâneo com a carreira desportiva ao mais alto nível, novidade que recebeu o apoio de todos os clubes presentes.

A diretora para o futebol feminino da FPF, Mónica Jorge, manifestou-se orgulhosa pela criação da bolsa de estudos e valorizou a importância que poderá ter no futuro das futebolistas ao mais alto nível em Portugal.

“São bolsas de estudo destinadas a todas as atletas dos 12 clubes que compõem a Liga BPI [I divisão de futebol feminino portuguesa], que podem concorrer e tentar entrar na faculdade, licenciatura ou pós-graduação. O regulamento será público, depois podem consultá-lo e tirar mais informações, mas todas essas bolsas podem candidatar-se ao ensino superior”, explicou a dirigente federativa.

Mónica Jorge destacou ainda o crescimento do campeonato feminino português e a sua aproximação às principais competições internacionais, congratulando-se pela união entre federação e todos os clubes em prol de um futebol feminino cada vez mais competitivo.

“Temos sempre de ver com os clubes, todos os anos temos dois workshops em que apresentamos propostas e discutimo-las. Já tivemos várias formas, de acordo com as várias realidades e uma coisa é certa: há 10 anos que a FPF disse que o objetivo principal é o de que todas as equipas em Portugal tenham futebol feminino”, declarou, em nome da instituição que representa.

Na sua intervenção, o presidente da FPF, Fernando Gomes, sublinhou ainda o seu orgulho pelo facto de a final da Supertaça feminina, disputada na quarta-feira entre Benfica e Sporting, ter liderado as audiências televisivas.

“O jogo entre Benfica e Sporting, todos sabem, liderou a audiência televisiva, à frente dos telejornais e, acima de tudo, demonstra aquilo que temos vindo a afirmar, que é a evolução muito positiva do caminho e do interesse do futebol feminino e desde há algum tempo que sabíamos disso”, congratulou-se o responsável máximo pela FPF.