O dirigente revelou a decisão durante uma reunião de Assembleia Geral (AG) do organismo, na sequência de uma notificação do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) sobre a irregularidade do seu quarto mandato, e fez um balanço positivo da sua passagem no comando da federação.

"O momento da minha renúncia é um misto de tristeza e alegria. Alegria porque vou embora de consciência tranquila com o trabalho que fiz. Paguei uma dívida aos fornecedores num montante superior a um milhão de euros. Deixei a sede da nossa federação paga, deixei dois terrenos. Deixei sobretudo uma casa credível junto dos fornecedores, junto da banca. Hoje, a Federação de Patinagem de Portugal tem crédito nessas instituições. A federação também passou a ser olímpica por força do skate, o que quer dizer que é uma federação reconhecida pelo Comité Olímpico de Portugal, pelo Comité Olímpico Internacional", referiu.

Fernando Claro defendeu ainda que colocou sempre "a federação acima de tudo" e desejou as "maiores felicidades para os sucessores".

Fernando Claro, de 73 anos, presidia ao organismo desde 2003, quando completou um ano de mandato do seu antecessor, Carlos Sena, e foi eleito pela primeira vez em 2004. Sob a sua liderança, a seleção portuguesa de hóquei em patins conquistou o Mundial de 2003 e o Europeu de 2016.

Em outubro de 2016, Claro foi reeleito pela quarta vez, sempre sem oposição, já depois de, a partir de 2009, a Lei de Bases do Desporto ter imposto a limitação de três mandatos consecutivos.

Fernando Claro disse que a sua renúncia é "irreversível" e "irrevogável", tendo solicitado ao presidente da Mesa da AG que inicie o processo eleitoral, tendo em vista a realização de eleições em 15 de dezembro.

O dirigente acumulava a liderança da FPP com a da Confederação Europeia de Patinagem (CERS), que preside desde 2005.