Em declarações à imprensa após a prova o atleta português considerou ainda "muito especial” a circunstância de ter conquistado o duplo ouro em Portugal - depois de ter conquistado o ouro nos 1.000 metros, no sábado.

“O facto de ser em Portugal é muito especial, é um fim de semana indescritível para mim”, disse, considerando que a prova de hoje foi “muito nervosa”, já que “ninguém queria assumir a liderança”.

Para conquistar a medalha de ouro, o canoísta de Ponte de Lima liderou a prova quase sempre e completou-a em 21.42,196 minutos, batendo o dinamarquês René Poulsen, por 1,527 segundos, enquanto o espanhol Javier Hernanz terminou em terceiro, a 4,369.

“Tentei ir deixando os adversários mais diretos para trás (...), tentei colocar um ritmo confortável, senti-me muito bem e foi gerir”, disse, sublinhando que tinha capacidade para “mais um pouco”, já que esteve sempre na expectativa de que os seus adversários acelerassem.

Fernando Pimenta, tricampeão europeu nos 1.000 metros revalida assim o título dos 5.000 metros, distância não olímpica, repetindo o êxito alcançado em Racice, na República Checa, em 2017, um dis depois de ter alcançado o ouro em K1 1.000 pela primeira vez no sábado.

“No ano passado, consegui uma coisa histórica que foi conquistar a medalha de prata no K1 1.000 metros, o que já foi histórico (...), e este ano, depois de me dizerem que era praticamente impossível conquistar o ouro (...), consegui fazer uma missão impossível e superar isso”, comentou.

Antes da vitória de sábado, o minhoto tinha conquistado o bronze em K1 1.000 nos Mundiais de 2015 e a prata em 2017. Além destas medalhas, ostenta ainda a prata em K2 500 e K4 1.000 em 2014.

O minhoto procura agora uma medalha individual nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, depois de ter alcançado a prata em K2 1.000 em Londres2012, juntamente com Emanuel Silva.