“Estas foram as últimas pedaladas enquanto ciclista profissional. Abre-se novo ciclo para o futuro. Oficialmente, sou reformado”, disse o alentejano de 38 anos, bem-humorado.
Após o contrarrelógio final em Viseu, que consagrou o russo Artem Nych (Sabgal-Anicolor) como vencedor da 85.ª edição, Casimiro foi homenageado com um prémio, no pódio, pelos anos de dedicação e sacrifício em prol da modalidade, subindo com os filhos antes de poder, mais tarde, abrir o champanhe com os outros vencedores.
Acabou esta Volta no 27.º lugar final e o adeus, que tinha anunciado primeiro no dia de descanso, é “um misto de sentimentos”.
“Foram muitos anos a tentar lutar pela vitória na Volta a Portugal. Consegui viver essa disputa até ao último metro em 2023. Este ano, senti o que sente o vencedor da Volta, com o carinho das pessoas. Foi a mais emocionante que tive na minha carreira”, admitiu.
Na nona etapa, que acabou na Senhora da Graça, muitos foram os que gritaram o nome dele desde Mondim de Basto até à meta, com o próprio a acenar aos adeptos enquanto passava, uma sensação “arrepiante”.
Para a frente, diz “até breve”, mas não um adeus definitivo. “O ciclismo foi a minha vida e vai continuar a ser. Fecho o capítulo de ciclista profissional”, referiu, antes de “voltar com novos projetos”.
Casimiro, nascido em 22 de abril de 1986, tem como ponto alto da carreira a vitória no Grande Prémio Torres Vedras-Troféu Joaquim Agostinho de 2019, ano em que acabou a Volta a Portugal no 10.º posto.
Na Volta, de resto, somou mais dois 10.º lugares, em 2018 e 2021, com o melhor ano a ser o de 2023, com o sexto lugar final, acima do sétimo de 2016 e oitavo de 2017.
A carreira de profissional começou em 2009 na Palmeiras Resort-Prio, como era então chamada a estrutura de Tavira, tendo mudado para a Efapel em 2016, trocando-a pela Kelly/InOutBuild/Oliveirense em 2020.
Dois anos depois, o alentejano de Odemira, um dos mais experientes corredores do pelotão assinou pela ‘nova’ Efapel e acompanhou os três anos do projeto.
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