“Quero agradecer à Liga na pessoa do presidente Pedro Proença, que acho que a primeira vez que me viu expulsou-me. Acho. E na última vez que me viu, foi num Chelsea-Paris Saint-Germain, que nós passamos, penso que às meias-finais da Champions. O tempo passa, a consideração aumenta e sabe que pode contar comigo no seu trabalho de elevar a Liga Portugal”, começou por agradecer o treinador português, em jeito de brincadeira.

Atualmente ao serviço da Roma, Mourinho, duas vezes campeão europeu, abordou ainda o papel que tem para o prestígio do futebol português com as suas conquistas.

“Se eu pude ajudar a desbravar caminho para que hoje se possa chegar a campeonatos dos mais importantes da Europa, se possa chegar tendo conseguido nada ou tão pouco, eu fico contente. Agora também sou honesto, eu não fiz a pensar em ninguém, fiz a pensar em mim próprio”, garantiu.

Sobre a história do ‘Special One’, na apresentação no Chelsea, depois de ter saído do FC Porto, Mourinho lembrou que “tinha sido campeão europeu dois dias antes […] com uma equipa portuguesa, que começou uma final europeia com nove jogadores portugueses, que é uma coisa que se acontecesse em qualquer outro país seria uma coisa gigantesca”.

“Eu numa conferência, dois dias depois de uma final de uma ‘Champions’ sou confrontado com dúvidas sobre se eu poderia fazer bem ou poderia fazer mal…”, disse.

Sobre Paulo Futre e o Jorge Mendes, ambos galardoados, respetivamente, com o prémio carreira de melhor jogador e melhor empresário, respetivamente, José Mourinho não poupou nos elogios.

“Eu conheci o Paulinho quando ela era o grande Futre e eu era um jovem treinador, assistente, disposto a trabalhar 24 horas por dia para conseguir chegar onde pensava que podia chegar. Naquele dia em que o conheci percebi que paralelamente ao jogador que ele era havia um coração ainda maior do que o jogador. A partir daí Paulinho, Zezinho e assim vamos morrer os dois”, referiu.

Sobre Jorge Mendes, o seu empresário, Mourinho disse que “é um companheiro de viagem”, pelo que não precisa “dizer o agente que ele é”.

“No futebol há muita subjetividade, mas também há coisas objetivas e as coisas objetivas são o que tem feito pelo futebol português, pelos clubes portugueses, pelos jogadores portugueses e pela conta bancária dele”, afirmou.