“Neste momento, o nosso objetivo é que se mantenha a integridade da competição e que o Desportivo das Aves vá a jogo. Tudo estamos a fazer nesse sentido, temos a informação que é essa a vontade dos vários intervenientes”, afirmou Sónia Carneiro, em declarações à agência Lusa.

A SAD do emblema do concelho de Santo Tirso confirmou hoje à Lusa a ausência do embate com o Benfica, na terça-feira, uma vez que a apólice de seguro de acidentes de trabalho foi anulada, depois de já ter anunciado a falta de comparência na visita ao Portimonense, da 34.º e última jornada.

“Relativamente ao seguros, temos já a informação da SABSEG [seguradora responsável pelas apólices do clube] que o problema pode ser resolvido de forma eficiente. Portanto, só demonstra que o Desportivo das Aves está a tentar criar condições para poder ir a jogo”, referiu Sónia Carneiro.

A dirigente realçou o “sinal muito positivo” com a necessária testagem dos jogadores ao novo coronavírus.

“A LPFP está atenta e está a tentar junto das várias entidades a ajudar o Desportivo das Aves para que possa ultrapassar as suas dificuldades e possa cumprir o seu calendário. Esse é o nosso objetivo. Hoje, tivemos um sinal muito positivo, que foi o facto de os jogadores terem feito teste covid-19, para que possam entrar em campo na terça-feira”, frisou, salientando que este procedimento “significa que há, claramente, a intenção de cumprir o calendário”.

Questionada sobre a possível ausência do Desportivo das Aves dos encontros, Sónia Carneiro salientou tratar-se de uma questão disciplinar: “O enquadramento, depois, se houver falta de comparência ou abandono, nunca será feito pela LPFP, mas sim pelas instâncias disciplinares”.

“Será feito no âmbito de um processo disciplinar, nunca será a LPFP a fazer esse enquadramento […]. Neste momento, nem sequer estamos a cogitar esta situação. Desde sexta-feira estamos em campo, já reunimos com o clube e com a SAD e estabelecemos contacto com todos os intervenientes para que o Desportivo das Aves possa cumprir o seu calendário e fazer os dois jogos que lhe restam para acabar a época desportiva”, reiterou.

Sónia Carneiro identificou o prolongamento da temporada, devido à suspensão da competição provocada pela pandemia de covid-19, como um obstáculo acrescido, realçando a vontade dos intervenientes em disputar os últimos dois encontros da formação já despromovida à II Liga.

“Foi uma época absolutamente atípica, estamos com 14 meses de época desportiva, tem sido muito, muito difícil, tem havido um esforço imenso de todos os intervenientes e, portanto, acredito que a vontade dos dirigentes, quer da SAD quer do clube, dos jogadores e do treinador é que possam cumprir os dois últimos jogos e a falta de comparência nem seja equacionada”, rematou.

A SAD do Desportivo das Aves cancelou o treino que estava marcado para a tarde de hoje, assim como a despistagem ao novo coronavírus.

Na segunda-feira, vence o terceiro salário em atraso do emblema de Santo Tirso, motivo que já provocou a saída de sete jogadores do lanterna-vermelha, casos de Quentin Beunardeau, Welinton Júnior, Jonathan Buatu, Aaron Tshibola, Estrela, Pedro Delgado e Kevin Yamga.

A SAD do Desportivo das Aves foi absolvida em 30 de junho da acusação de incumprimento salarial com jogadores e treinadores entre dezembro e março, mas aguarda pela resolução de outro processo idêntico, assente na ausência de documentos comprovativos quanto à regularização dos vencimentos dos meses de março e abril.

O assunto foi remetido pela LPFP para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol em 09 de junho, podendo custar uma penalização de dois a cinco pontos, face aos 17 somados em 32 jornadas pelos nortenhos, que confirmaram a despromoção à II Liga em 29 de junho.

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