“Todos estamos muito contentes com este ambiente de alegria, se bem que não de euforia, porque ainda não ganhámos nada. Só nos centramos no plano desportivo, e quanto ao resto nem falámos disso nem é o momento”, atirou o ex-treinador do FC Porto, sobre a situação na Catalunha.
O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu no início do mês, como medida cautelar, todas as leis regionais aprovadas pelo Parlamento e pelo Governo da Catalunha que davam cobertura legal ao referendo de autodeterminação convocado para 01 de outubro próximo.
Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional da Catalunha desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.
Os independentistas defendem que cabe apenas aos catalães a decisão sobre a permanência da região em Espanha, enquanto Madrid se apoia na Constituição do país para insistir que a decisão sobre uma eventual divisão do país tem de ser tomada pela totalidade dos espanhóis.
O conflito entre Madrid e a região mais rica de Espanha, com um PIB superior ao de Portugal, cerca de 7,5 milhões de habitantes, um terço da área de Portugal, uma língua e culturas próprias, arrasta-se há várias décadas.
O técnico ex–FC Porto falava à margem de uma visita ao estadio José Rico Pérez, em Alicante, onde a Espanha recebe a Albânia a 06 de outubro, a contar para a qualificação para o Mundial2018, na Rússia.
A dois jogos do final, a Espanha lidera o Grupo G, com 22 pontos, e espera um jogo “duro” com a formação albanesa, terceira com 13 pontos, em que pode confirmar a qualificação direta em caso de vitória.
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