Na cerimónia realizada em Lisboa, concedeu o título de comendador da Ordem de Mérito aos medalhados olímpicos e paralímpicos e elogiou todos os que representaram Portugal no Rio de Janeiro, que considerou “os heróis do Rio de Janeiro”, que “prestigiaram Portugal”.
“Foi muito prestigiante a vossa presença. Sabem como os tempos vão difíceis em termos de opinião pública, é mais fácil ser-se popular porque se é popular do que porque se merece ser popular. Mas o que é facto é que houve um consenso nacional em torno da vossa atuação. Foi uma atuação dedicada, responsável, criteriosa, meritória em todos os casos”, assumiu.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a atuação dos atletas lusos “em muitos casos foi brilhante”, mas considerou que “o brilhantismo às vezes dá origem a medalhas, outras vezes a outros tipos de medalhas” – “as quase medalhas, que podiam ser, mas não são por um segundo, por um acaso, por algo aleatório, mas são verdadeiras medalhas”.
“Mas o número daqueles que estiveram tão brilhantes e tão perto das outras medalhas foi elevado”, referiu.
Lamentando que nunca tenha “tido talento para representar” Portugal como atleta, algo que seria mais importante do que ser Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa recordou “a emoção única que foi representar Portugal, naquele país irmão, com uma comunidade luso-brasileira” que apoiou os atletas lusos.
O chefe de Estado diz que “agora é preciso olhar para o futuro”, porque “os Jogos Olímpicos preparam-se a médio prazo” e porque os “próximos Jogos já começaram, começaram no dia em que terminaram estes Jogos”.
“É com muita alegria que vos digo que cabe ainda no meu mandato presidencial estar convosco nos próximos Jogos. Lá estarei e vou programar a vida para estar mais tempo. (...) Tenciono lá estar, é mais longe, é outro tipo de ambiente, mas eu estarei lá à vossa espera e marcarei falta àqueles que podendo estar não estiverem”, referiu.
Numa cerimónia que decorreu no antigo picadeiro do Museu dos Coches, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a olímpica Telma Monteiro e os paralímpicos Luís Gonçalves, Manuel Mendes, António Marques, Cristina Gonçalves, Fernando Ferreira, Abílio Valente e José Macedo e Roberto Mateus, o assistente deste.
A judoca Telma Monteiro conquistou a única medalha para as cores lusas nos Jogos Olímpicos, ao conseguir o bronze na categoria de -57 kg.
Nos Jogos Paralímpicos, Portugal conquistou quatro medalhas, todas de bronze, por Luís Gonçalves (200 metros T12), Manuel Mendes (Maratona T45/46), a equipa de boccia (BC1/BC2) – composta por António Marques, Cristina Gonçalves, Fernando Ferreira e Abílio Valente - e José Macedo na mesma modalidade, mas na categoria BC3.
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