Pela primeira vez com a possibilidade de formar um plantel à sua imagem, Marcel Keizer começa a dar pistas sobre qual será o seu Sporting CP e qual o peso que a formação, baluarte histórico dos verdes e brancos, terá na sua equipa.

Até ao momento, a janela de transferências deste verão levou do plantel principal dos leões sete jogadores formados em Alcochete. Domingos Duarte (3 milhões de euros), Iuri Medeiros (2 milhões de euros) e Thierry Correia (12 milhões de euros) saíram em definitivo, ao passo que Carlos Mané, que também deixou Alvalade de forma permanente, saiu a custo zero.

Às vendas somam-se três empréstimos: Matheus Pereira, que rumou a Inglaterra para envergar as cores do West Bromwich Albion, Francisco Geraldes que se mudou para a Grécia, onde vai representar o AEK Atenas durante esta temporada, e Filipe Chaby, que foi cedido à Académica.

Do contingente de jogadores que diz adeus a Alvalade, Thierry Correia é o que causa maior surpresa. O defesa-direito de 20 anos, que veste de verde e branco desde os 11, foi titular em todos os encontros oficiais desta temporada e era o jogador da formação mais utilizado por Marcel Keizer.

No entanto, se os adeptos poderão queixar-se de que vários dos nomes acima referidos não tiveram espaço suficiente para se mostrarem de leão ao peito, tendo sido subaproveitados pelo clube, o plantel às ordens de Marcel Keizer não perde o ADN da casa.

Perante as sete saídas, há sete nomes made in Alcochete que permanecem no plantel leonino. Diogo Sousa e Luís Maximiano representam a formação verde e branca na baliza, Tiago Ilori na defesa, Miguel Luís no meio-campo e Rafael Camacho, Joelson Fernandes e Jovane Cabral no ataque. Contudo, se descontarmos os minutos que Thierry Correia somou neste início de época, este grupo de jogadores soma zero minutos na atual temporada.

Que futuro para os jovens leões?

Ao passo que é expectável que, ao longo da época - e tendo em conta a participação do Sporting CP em várias competições - nomes como Luís Maximiano, que neste momento é o número dois da baliza leonina e a quem os responsáveis do clube auguram brilhante futuro, Tiago Ilori, Miguel Luís ou Jovane Cabral somem minutos.

Já o caso de Rafael Camacho é diferente. Formado em Alvalade até aos 13 anos, o extremo rumou a Inglaterra para representar, primeiro, o Manchester City e depois o Liverpool (com um empréstimo ao Real Massamá pelo meio). Sem espaço no conjunto de Jurgen Klopp, Camacho regressou a casa a troco de 5 milhões de euros, sendo uma das apostas dos leões para a época que se avizinha, não só pelo valor investido no seu passe, mas também devido às prováveis saídas (ainda por confirmar) de Raphinha e Diaby, dois dos jogadores mais utilizados por Keizer no seu "reinado" à frente dos leões.