A reunião terá início pelas 09:00 locais (08:00 em Lisboa), acrescentou o Ministério do Interior.
Os sete sindicatos representativos das forças policiais anunciaram que querem expor ao Presidente da França, Emmanuel Macron, a “gravidade da situação”, solicitando que a “estratégia de manutenção da ordem pública seja adaptada em caso de nova manifestação” dos “coletes amarelos”.
Os manifestantes anti-governo ganharam hoje novos aliados, com os paramédicos franceses e estudantes a juntarem-se ao protesto.
A enfrentar a crise mais séria desde a eleição em maio de 2017, Macron manteve-se em silêncio, mas encontrou-se com as forças policiais para dar o seu apoio depois de “um dia de violência sem precedentes”, explicou, em comunicado, o Palácio do Eliseu.
Os “coletes amarelos” protestam contra as taxas sobre os combustíveis e sobre a perda de poder de compra dos franceses.
O movimento tem feito dezenas de manifestações de protesto, em várias cidades de França e em Bruxelas, na Bélgica, com algumas delas a provocarem fortes confrontos com a polícia.
No passado sábado, mais de 130 pessoas ficaram feridas em violentos protestos ocorridos em Paris, que provocaram também 412 detenções de ativistas do movimento “coletes amarelos”, com a polícia a recorrer a canhões de água e gás lacrimogéneo para conter os protestos.
A autarca de Paris, Anne Hidalgo, estimou hoje que os danos causados durante os protestos na capital francesa ascendem a “três ou quatro milhões de euros”, apenas contabilizando o mobiliário urbano.
Esta estimativa, ainda provisória, não inclui os danos causados no comércio ou no Arco do Triunfo, com a autarca a lembrar ainda as dezenas de viaturas que foram queimadas e os danos em edifícios.
Anne Hidalgo anunciou ainda uma reunião para esta semana entre a autarquia, o Estado, as associações de comerciantes e as seguradoras para “ajudar os comerciantes que perderam muito”.
Hoje foi também anunciado que os agricultores vão manifestar-se na “próxima semana” para que o governo francês cumpra as promessas efetuadas com a recente lei da alimentação, anunciou hoje a presidente da Federação Nacional dos Sindicatos das Explorações Agrícolas, Christiane Lambert.
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