“Vamos vibrar convosco exatamente o mesmo que vibramos com todos os demais que estão a representar a pátria, num espírito universal e fraternal de abertura e de diálogo”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na receção à missão paralímpica, que decorreu antigo Museu Nacional dos Coches, em Lisboa.

O Presidente da República admitiu sentir-se “defraudado pela pandemia de covid-19” que, explicou, impediu o cumprimento do acordo que tinha com o Primeiro-ministro, e deixou uma garantia: “Daqui a três anos vou estar nos Jogos Olímpicos e nos Paralímpicos”.

“Tínhamos combinado que o Primeiro-Ministro iria aos Jogos Olímpicos e eu aos Paralímpicos, não foi possível. Já decidi que daqui a quatro anos, porque ainda cá estarei, vou aos Olímpicos e aos Paralímpicos, seja quem for o Primeiro-ministro. Vou até aos limites dos poderes presidenciais”, referiu.

O chefe de Estado lembrou que período de pandemia “o desporto olímpico e paralímpico português tem conseguido converter dificuldades em sucessos” e classificou os atletas portadores de deficiência como “vencedores” e “construtores da democracia social”.

“Se já é difícil ser-se os melhores olímpicos, é ainda mais difícil ser-se os melhores paralímpicos. Estar aqui é ser o exemplo de já serem vencedores numa luta feita a pulso, uma luta difícil, que é a luta de cultural, de uma sociedade que tem de se olhar ao espelho e aceitar-se como é. Isso é que é construir uma democracia social”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa, que prometeu estar no regresso dos atletas paralímpicos para lhes manifestar “agradecimento e gratidão”, destacou a importância da equiparação dos apoios e prémios de olímpicos e paralímpicos.

“Foram décadas de luta para os prémios dos paralímpicos serem equiparados aos dos olímpicos, parece que havia portugueses de primeira e de segunda, não parece, havia mesmo. Em boa hora o governo tomou esta decisão”, referiu.

O presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Lourenço, também destacou a importância da equiparação dos prémios e garantiu que os atletas portugueses “vão para Tóquio com espírito de compromisso e missão”.

Tiago Brandão Rodrigues, que tutela o Desporto, afirmou ser “um ministro cheio de orgulho e de esperança de que todos se possam superar” e deixou uma garantia aos atletas: “os portugueses já estão com o coração aberto para vos apoiar”.

Portugal vai estar representado nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, que decorrem entre 24 de agosto e 05 de setembro, por 33 atletas, que competirão em oito modalidades.

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