Nunca ninguém foi tão bem-sucedido em Roland Garros como o esquerdino natural de Manacor. Em 2005, com apenas 18 anos, estreou-se com uma vitória e, desde então, tem sido ‘rei e senhor’ da terra batida de Paris, ao alcançar 11 títulos no ‘court’ Philippe Chatrier.
Ao longo da carreira, o número 2 do ‘ranking’ mundial contabiliza 81 troféus, 58 dos quais conquistados no pó de tijolo, superfície onde há uma semana, com a vitória no Masters 1.000 de Roma, se converteu no terceiro jogador da história com mais encontros conquistados (429), só superado pelo compatriota Manuel Orantes (538) e o argentino Guillermo Vilas (679).
Considerado o maior especialista de terra batida de sempre, Rafael Nadal, que detém 17 títulos do ‘Grand Slam’, aos 32 anos, regressa a Paris na condição de campeão em título e favorito ou não tivesse, nos últimos 14 anos, conhecido o sabor da derrota apenas três vezes.
Se em 2009 foi eliminado pelo sueco Robin Soderling e viu Roger Federer vencer Roland Garros, pela primeira e única vez, o espanhol e antigo número 1 mundial só assistiu à coroação de mais dois campeões, o suíço Stan Wawrinka, em 2015, e o sérvio Novak Djokovic, em 2016.
E uma das principais novidades da 90.ª edição do torneio, a par do renovado ‘court’ central, é precisamente o regresso de Federer, número 3 da hierarquia ATP, ao fim de quatro anos. Depois de ter perdido nos quartos de final em 2015, frente a Wawrinka, o helvético, de 37 anos, não voltou a disputar nenhum torneio em terra batida nas últimas três temporadas.
Este ano, ainda antes de desistir nos quartos de final do Masters 1.000 de Roma, com problemas na perna direita, Roger Federer voltou a pisar o pó de tijolo em Madrid, onde perdeu com Dominic Thiem, o austríaco e vice-campeão de Roland Garros, que é apontado como um dos principais rivais de Nadal em Paris.
Além do número 4 mundial, que conquistou nove dos seus 13 títulos em terra batida, Rafael Nadal terá ainda em Novak Djokovic um forte adversário, já que este vai lutar pela vitória no quarto ‘Major’ consecutivo, após os triunfos em Wimbledon e US Open, em 2018, e no Open da Austrália 2019 (15.º Major da carreira).
O líder do ‘ranking’ mundial, além de ser um dos únicos três jogadores a saber o que é ganhar em Roland Garros na ‘era Nadal’, chega ainda à capital francesa com uma vitória recente no Masters 1.000 de Madrid, numa final ganha ao grego Stefanos Tsitsipas, campeão do Estoril Open.
No torneio feminino, o favoritismo reparte-se entre a campeã em título, Simone Halep, a número 1 mundial, Naomi Osaka, que vai lutar pelo terceiro troféu do ‘Grand Slam’ consecutivo, e Serena Williams, que procura conquistar o 24.º ‘Major’ da carreira.
Enquanto a romena vai defender, pela primeira vez na carreira, o título de um ‘Grand Slam’, a japonesa Osaka terá como principal missão ultrapassar o melhor registo em Roland Garros, a terceira ronda em 2018, e tentar arrebatar o prémio de 2,3 milhões de euros, atribuído aos campeões de singulares.
Já a norte-americana Serena Williams, depois de desistir dos últimos dois torneios, com uma lesão no joelho esquerdo, retoma a sua missão de jogar pelo quarto título de Roland Garros (2002, 2013 e 2015).
O Torneio de Roland Garros, segundo ‘Grand Slam’ da temporada, arranca no domingo e prolonga-se até 09 de junho.
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