O novo treinador dos minhotos considerou, hoje, na antevisão da partida, que a equipa, com Ricardo Sá Pinto, tinha “uma variação de rendimento muito grande e isso mostra uma fragilidade nos pontos fortes, porque apareciam num dia e, noutro, a baixa de rendimento era notória”.
“Para mim é importante ganhar essa consistência, ou seja, não depender tanto da qualidade individual, indiscutível, dos jogadores, mas ter mais consistência para tirar mais partido dessa qualidade”, disse.
O técnico não quis desvendar se o objetivo passa por alcançar o quarto ou o terceiro lugar, frisando que a prioridade passa por a equipa começar a sentir-se mais confortável com a responsabilidade de vencer.
“Quando não tinha, como na Liga Europa, por exemplo com o Wolverhampton, a quem ganhou e empatou, os jogadores sentem-se mais livres. O primeiro passo é criar esse à vontade porque em 95 por cento dos jogos o Braga entra a perder porque, para equipa grande, 0-0 é estar a perder e os jogadores ainda não têm essa maturidade que queremos criar”, explicou.
No Sporting de Braga B e no Casa Pia, Rúben Amorim jogava num 3x5x2 e, na sua apresentação pública, disse que a matriz de jogo iria mudar.
“O sistema em si não é tão importante, mas queremos uma equipa que jogue um futebol positivo, que tenha a bola e seja forte quando não a tem. Acima de tudo, com ‘fome’, atitude e irreverência. O meu foco não é no sistema, mas nas ideias, na atitude, sábado veremos”, disse.
Rúben Amorim admitiu ser um “jogo especial” por ser a sua estreia no comando técnico do Sporting de Braga e na I Liga e pelo facto de ser contra uma equipa na qual jogou.
“É especial, mas percebi esta semana que a ansiedade é igual à que tinha no Casa Pia e no Braga B. A pressão que tenho é mais interior, não interessa onde estou, quero sempre ganhar, tenho uma pressão muito grande sobre mim, às vezes até exagerada, mas estou tranquilo porque conheço melhor os jogadores e tenho uma equipa de qualidade”, disse.
O técnico disse que “o Belenenses SAD é uma equipa muito organizada, que varia entre 4x4x2 e 4x1x4x1″.
“Sabemos que o André Sousa, que é um jogador importante, não pode jogar, mas acima de todo é uma é uma equipa organizada e muito tranquila porque entendo que a pressão está mais do nosso lado”, disse.
Rúben Amorim abordou ainda o facto de não poder dar indicações no banco de suplentes, relacionado com o facto de não ter o IV nível do curso de treinadores.
“Não vou mentir, é algo que faz muita confusão, até tenho medo de sofrer um AVC por estar parado [risos], mas a equipa e a equipa técnica estão preparadas, o Micael Sequeira adaptou-se muito bem, conhece o modelo, os jogadores e, acima de tudo, o clube”, disse.
Rúben Amorim não quis dizer quem será o jogador da equipa B que vai chamar ao plantel principal, mas frisou que será uma aposta constante trazer alguns jogadores da equipa que orientou até há bem pouco tempo.
O treinador disse ainda que quer “dar alguma estabilidade aos guarda-redes, seja ele qual for e dependendo do rendimento, que não é ter um erro num jogo”.
“Temos as nossa ideias para guarda-redes, é uma posição na qual é importante dar estabilidade, a todos, mesmo para o que está na segunda opção. Acho que preferem um treinador que lhes diz que quando tiverem uma oportunidade vão ter estabilidade. O guarda-redes que jogar amanhã [sábado] vai saber que terá estabilidade”, disse.
Sporting de Braga, oitavo classificado, com 18 pontos, e Belenenses SAD, 14.º, com 15, defrontam-se a partir das 18:00 de sábado, no Estádio do Jamor, em Oeiras.
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