Ao resultado negativo de 1,9 ME soma-se um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 6,8 ME, resultados muito aquém dos da época anterior, em que a SAD bracarense apresentou um lucro recorde de 22 ME e um EBITDA de 30,2 ME.
Os responsáveis ‘arsenalistas’ lembram o “exercício de complexidade extrema” devido à pandemia de covid-19, considerando que, apesar disso, os resultados da SAD “superaram as expectativas previstas”, que apontavam para um resultado negativo de 2,6 ME.
O Sporting de Braga frisa que estes números são ainda de “maior relevo considerando que não refletem os ganhos associados à operação de alienação dos direitos de inscrição desportiva do atleta Ricardo Esgaio (concluída a 03 de julho de 2021), que ascenderam a 5,5 ME”.
Segundo a nota informativa sobre o relatório e contas, “estes resultados foram alcançados apesar da adversidade da conjuntura vigente, caracterizada não apenas por um incremento de dispêndios diretamente conexos com a prevenção e rastreamento da covid-19, mas sobretudo por uma pressão significativa sobre os principais canais de receita das sociedades desportivas, seja pela ausência de valores relevantes no segmento ‘matchday’ (considerando a interdição de acesso de público a recintos desportivos), seja pelo menor dinamismo do mercado de transferências de atletas”.
Ainda assim, a SAD bracarense gerou rendimentos decorrentes de operações com atletas no valor de 22,3 ME, “consubstanciando a terceira temporada consecutiva em que tal grandeza supera os 20 ME, o que contribuiu de forma considerável para que o total de rendimentos ascendesse a cerca de 50 ME”.
O passivo desceu de 58,3 ME para 54,5 ME e o ativo passou de 99,4 ME para 93,7 ME.
Ao nível dos gastos, “o exercício ficou incontornavelmente marcado pela sobreposição de encargos referentes às temporadas 2019/2020 e 2020/2021, dada a conclusão tardia da primeira”, como é exemplo os prémios do terceiro lugar de 2019/20 incorporados no presente exercício.
As remunerações do pessoal ascenderam a 16,5 ME, ao que acresceram prémios de desempenho (4,3 ME), encargos sobre remunerações (1,5 ME), seguros de acidentes de trabalho (2,1 ME), entre outros (2,6 ME).
Estes valores incluem todos os gastos inerentes aos atletas, treinadores e staff que compõem as equipas da sociedade, nomeadamente formação (sub-15, sub-17 e sub-19), equipa sub-23, equipa B e equipa principal, e demais colaboradores.
Estes e outros indicadores constantes do relatório e contas serão apresentados para aprovação dos acionistas em assembleia-geral a realizar no próximo dia 26 de outubro, às 18:00, no auditório do Estádio Municipal de Braga.
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