A Fifa rejeitou na semana passada um pedido da Dinamarca para usar camisolas de treino com o slogan "Direitos Humanos para Todos" no Qatar. Segundo a entidade, trata-se de uma mensagem política, o que é proibido.
O país escandinavo tem sido um dos maiores opositores à realização da competição no Qatar, devido ao seu histórico de desrespeito pelos direitos humanos, razão pela qual o governo e a família real da Dinamarca descartaram comparecer aos jogos.
Hjulmand minimizou a proibição das camisolas antes de uma sessão de treinos para a estreia da Dinamarca contra a Tunísia, dizendo que "há maneiras diferentes de fazer as coisas". "Sim. Poderíamos usar as camisolas, mas também há trabalho duro por trás que não se vê", disse.
"Não estamos a ser silenciados. Há muito trabalho do lado dinamarquês, da equipa, de nosso diretor esportivo, da direção", afirmou. "Existem muitas maneiras de tentar mudar as coisas e esperamos não estar nesta situação novamente", acrescentou.
A Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU) tem sido uma dura crítica desde que o Qatar foi escolhido como anfitrião para o Campeonato do Mundo, decisão que remota a 2010.
Os dinamarqueses estiveram na linha de frente nos últimos meses exigindo mais direitos para os trabalhadores imigrantes e a comunidade LGBTQI+ no emirado.
Hjulmand disse ter "dois sonhos" sobre o que o protesto pode alcançar. "Um deles é que os órgãos dirigentes do futebol, e talvez do desporto em geral, tenham pessoas mais progressistas, mais jovens e mais diversificadas nos locais onde as decisões são tomadas", disse.
"A segunda parte é que tenhamos mais empatia no mundo, que escutemos e tentemos entender as outras pessoas", completou.
Por sua vez, o defesa dinamarquês Rasmus Kristensen, do Leeds United, revelou que os jogadores apoiaram o protesto da DBU.
Kristensen enfatizou que era "uma pena" que eles não pudessem usar as camisolas de treino em prol da defesa dos direitos humanos. "Aparentemente são as regras da Fifa", disse, acrescentando "veremos" quando perguntado se os jogadores estão a planear outras propostas.
"É possível discordar e nós discordamos", concluiu o jogador.
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