Os até agora campeões em título foram para o intervalo a vencer por 2-0, com tentos de Marcênio e Ximbinha, só que os ‘leões’ não se atemorizaram com as ‘credenciais’ do adversário e conseguiram a reviravolta no segundo tempo, através de Zicky Té, Erick, João Matos e Pany Varela, antes de Ferrão reduzir para os catalães.

À quinta decisão disputada, a quarta nos últimos cinco anos, o Sporting conseguiu elevar-se ao ‘trono’ do futsal europeu pela segunda vez, depois de ter erguido o troféu em 2019, diante do Kairat Almaty.

Os ‘verdes e brancos’ subiram ao terceiro lugar do ‘ranking’ de vencedores, com as mesmas duas conquistas do emblema cazaque e dos espanhóis do Playas de Castellón, sendo apenas superados pelo FC Barcelona, que tem três troféus, e pelo recordista Inter Movistar, com cinco.

Na final que opôs os vencedores das duas edições anteriores, os catalães precisaram de apenas 51 segundos para se colocarem em vantagem, com Marcênio a intercetar um passe de Merlim em zona central, a aproveitar o ‘corredor aberto’ para progredir e a bater Guitta inapelavelmente.

O mesmo Merlim tentou redimir-se logo de seguida, mas viu Dídac Plana opor-se em duas tentativas, enquanto na outra baliza Guitta, por duas vezes, e o poste evitaram que Adolfo, Esquerdinha e Ferrão dilatassem a vantagem do ‘Barça’.

Pelo meio, Tayan também acertou no ‘ferro’ da baliza catalã, só que a agressividade do Sporting limitou a equipa ‘leonina’ a partir dos 10 minutos, tendo em conta as quatro faltas cometidas pelo conjunto orientado por Nuno Dias, que num dos ‘time outs’ alertou os jogadores para isso mesmo.

O FC Barcelona acabaria por capitalizar a superioridade que vinha exercendo, tirando partido da vantagem de ‘3x1’ num contra-ataque, que permitiu a Ximbinha superar Guitta, aos 18 minutos.

Contudo, o intervalo serviu de ‘bálsamo’ para o Sporting, que surgiu na etapa complementar absolutamente transfigurado – não que tivesse estado mal no primeiro tempo – e explanou todas as qualidades que lhe são reconhecidas, tanto individuais como coletivas.

De tal forma que em menos de cinco minutos operou uma sensacional reviravolta, que começou a ser construída pela ‘juventude’ dos ‘leões’, com Tomás Paçó a servir de ‘bandeja’ Zicky Té para o primeiro tento, aos 26 minutos.

Dois minutos volvidos, aos 28, concretizou-se a igualdade, através de um lançamento lateral ‘teleguiado’ de Pany Varela para a cabeçada certeira de Erick, antes de o experiente João Matos emergir na final e colocar o Sporting na frente, aos 31, na sequência de um livre de Taynan que bateu no poste e que deixou o ‘capitão à vontade para a recarga certeira.

O guarda-redes Guitta, que já tinha estado em destaque na meia-final com o Inter Movistar, foi ‘bloqueando’ as ofensivas do FC Barcelona, que, na busca pelo empate, arriscou no 5x4 e deixou caminho aberto para o golo de Pany Varela, aos 37 minutos.

Apesar do golo de Ferrão, aos 38 minutos, colocar alguma dúvida nos instantes finais da decisão, os ‘verdes e brancos’ não mais se deixaram bater, cerraram ‘fileiras’ e agarraram a segunda taça de campeões europeus da história do emblema de Alvalade.

Jogo na Kresimir Cosic Sports Hall, em Zadar, na Croácia.