Numa carta de rescisão de 34 páginas que a agência Lusa teve acesso, e que é assinada pelo próprio Rui Patrício, o internacional português alega que o presidente dos lisboetas informou a equipa técnica “que o Sporting não contaria mais com eles” em 14 de maio, a seis dias da final da Taça de Portugal, que viriam a perder para o Desportivo das Aves (2-1).
Segundo o guarda-redes, a reunião com a equipa técnica teve lugar antes de uma outra com os jogadores, que não foram informados dessa conversa, mas que viriam a saber no dia seguinte [no dia dos incidentes em Alcochete], quando “Jorge Jesus informou alguns jogadores que tinha sido suspenso na reunião do dia anterior”.
“Ia dizer isso a todos os jogadores no treino, mas como não havia nota de culpa, manter-se-ia no exercício das suas funções”, acrescentou Rui Patrício, em relação àquilo que o treinador lhes terá transmitido.
Antes, numa reunião em 07 de abril, com jogadores e o treinador presentes, Bruno de Carvalho ter-se-á referido a Jorge Jesus como “o rei do clube”.
“Quando o treinador, Jorge Jesus, lhe disse: ‘Você disse que vinha aqui para pedir desculpas...’, o presidente o que respondeu foi que: ‘pedir desculpas, eu não fiz nada de mal...’, vitimizando-se, dizendo que ‘no final da época eu vou-me embora, vou para junto da minha família, nada mais importa, está aqui o Rei’ – referindo-se a Jorge Jesus”, narrou Patrício.
Nessa mesma reunião, que decorreu na sequência da troca de comunicados depois da derrota por 2-0 com o Atlético de Madrid, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, Bruno de Carvalho terá dito que “o ‘mister’ pode convocar quem quiser, é o Rei do Clube, mas os processos vão continuar” adiantando que ia levantar a suspensão que impôs aos jogadores.
Rui Patrício, de 30 anos, fez toda a sua formação e carreira profissional no Sporting e tinha contrato com o clube até junho de 2022.
O guarda-redes está atualmente em estágio com a seleção portuguesa, que prepara a participação na fase final do Mundial2018, na Rússia.
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