O encontro durou quase duas horas e meia, teve dois ‘sets’ resolvidos apenas nas vantagens, e pendeu para uma equipa ‘leonina’, que se mostrou mais consistente e foi mais forte nos momentos decisivos, cometendo menos erros do que o rival lisboeta.

As duas equipas travaram uma luta intensa logo no ‘set’ inaugural, que a dada altura parecia inclinado para os ‘encarnados’ e, por fim, sorriu para o Sporting, que nunca baixou os braços e apresentou um nível exibicional sem grandes oscilações.

Os ‘leões’ fizerem 2-0 e 4-1, depois o Benfica tomou conta do jogo, Theo Lopes fechou para os ‘encarnados’ um ponto espetacular (7-10), e o resultado evoluiu para 10-14 e 15-18. Mas daí para a frente tudo mudou, porque o Sporting reagiu e fê-lo com um misto de garra e classe.

Os ‘leões’ empataram a 20 pontos, com o Benfica a ser penalizado por várias falhas e a deixar-se ultrapassar no marcador (21-20). Daí até ao fim deste parcial, o Sporting mostrou-se mais regular e impôs-se nas vantagens (29-27), após um serviço e um remate falhados por Theo Lopes e uma receção deficiente de Tiago Violas.

O segundo ‘set’ caiu novamente para o Sporting, que voltou a ser a equipa mais sólida, menos ansiosa e com menos erros, ao passo que o Benfica evidenciou os mesmos problemas, sobretudo na resposta defensiva aos ataques ‘leoninos’ junto à rede.

Robinson Dvoranen e Renan Purificação foram uma permanente dor de cabeça para o Benfica e, no Benfica, Raphael Oliveira, Theo Lopes e o distribuidor Tiago Violas estiveram uns furos abaixo do seu rendimento normal.

O Sporting aproveitou a desinspiração do rival lisboeta e conquistou uma vantagem pontual que soube conservar e que lhe permitiu ficar a ganhar 2-0, mas o Benfica reagiu bem no parcial seguinte e reduziu para 2-1, apesar de, pelo meio, ter perdido Raphael Oliveira, uma das suas melhores unidades, devido a um problema físico.

O quarto ‘set’ foi decidido como o primeiro, nas vantagens. Na fase inicial, o Sporting chegou aos 3-0, conseguiu uma vantagem de cinco pontos (16-11) e depois o Benfica conseguiu aproximar-se, empatar (22-23), e, por fim, liderar o marcador 22-23, o que emprestou a este ‘set’ uma nota de grande emoção.

O Sporting voltou à liderança (25-24), Tiago Violas ainda empatou para o Benfica, mas a equipa ‘leonina’ manteve-se mais segura e confiante e ganhou por 28-26, derrotando o arquirrival e conquistando a Taça de Portugal num jogo em que foi superior.

Ficha de Jogo

Jogo no Pavilhão Municipal de Santo Tirso.

Sporting - Benfica, 3-1.

Parciais: 29-27 (36 minutos), 25-22 (27) 16-25 (25) e 28-26 (34).

Sob a arbitragem de Vitor Gonçalves e Pedro Pinto, as equipas alinharam:

- Sporting: Eder Kock, Victor Pereira, Paulo Silva, Robinson Dvoranen, Renan Purificação, Bruno Alves e João Fidalgo (líbero). Jogaram ainda: Miguel Maia, Hélio Sanches, André Saliba.

Treinador: Gersinho.

- Benfica: Raphael Oliveira, Peter Wohlfahrtstatter, Theo Lopes, Flávio Soares, Tiago Violas, André Aleixo e Ivo Casas (líbero). Jogaram ainda: André Lopes, Hugo Gaspar, Nuno Pinheiro, Marc Honoré.

Treinador: Marcel Matz.

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.