O Relatório Anual do Mercado Global de Transferências indica um novo recorde de transações internacionais (16.533, mais 5,6% do que 2017) e um novo recorde de gastos, com a verba a ultrapassar os sete mil milhões de dólares (aumento de 10,7%).
Nesse fluxo, o caminho Brasil-Portugal é o mais comum, com 205 transações, um aumento de 21,3% em relação ao ano anterior, seguido de Inglaterra-Escócia, com 167, e do caminho de regresso — jogadores a transferirem-se de clubes portugueses para brasileiros compõem o ‘top-3′, com 126 transações.
O mercado brasileiro conta com os jogadores mais valiosos, mas também o maior fluxo de entrada de transferências internacionais, com 677, num ‘top’ em que Portugal é oitavo.
O mercado português destaca-se pela capacidade de ter receitas líquidas (total de faturação menos total de gastos), colocando-se no terceiro lugar mundial, com um balanço positivo de 267,2 milhões de dólares (cerca de 234,1 milhões de euros), atrás apenas do Brasil, segundo com 327,2 milhões, e da líder França, com 467,2 milhões positivos.
Em Portugal, os gastos com transferências subiram 22%, para uma verba estimada de 116,9 milhões de dólares, o 10.º maior registo entre membros da UEFA, sendo que os portugueses são a 12.ª nacionalidade mais frequente no mercado internacional, com 297 transações.
Os portugueses sobem na tabela no que toca ao valor, uma vez que são a quarta nacionalidade mais valiosa, com um aumento de 25,1% em relação a 2017 para 581,8 milhões de euros.
O relatório global mostra que 78,2% de todos os gastos com transferências aconteceram na região da UEFA, mas a Arábia Saudita subiu ao sétimo posto da lista dos maiores gastadores, com 173,9 milhões de dólares.
De entre 3.974 clubes que fizeram transferências, só 31 gastaram mais de 50 milhões de dólares, na sua maioria, com destaque para os clubes ingleses, com 1.981 milhões de euros.
No futebol feminino, 2018 marcou o ano em que as transferências de jogadoras profissionais foram processadas pelo sistema internacional FIFA, com um total de 696 transferências internacionais contra um gasto de 600 mil dólares.
Uma em cada cinco transferências envolvia uma jogadora norte-americana, de longe a mais representada das nacionalidades, sendo que a maior parte dos 211 países membro da FIFA não tem ainda qualquer registo de transações.
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