O dirigente do organismo de cúpula do futebol europeu fez um discurso na abertura da 26.ª assembleia-geral da Associação Europeia de Clubes (ECA, na sigla inglesa).

“Mais nem sempre é melhor. Pensamos que a joia do Campeonato do Mundo é precisamente a sua raridade”, declarou.

Ceferin atirou ainda à ideia, falhada, de criação de uma Superliga Europeia, projeto que levou à queda do anterior líder da ECA, Andrea Agnelli, então líder da Juventus, sendo substituído pelo catari Nasser al-Khelaifi, que preside ao Paris Saint-Germain.

Apesar de não comentar o processo judicial movido por Real Madrid, FC Barcelona e Juventus contra a UEFA, que acusam de controlar em monopólio a organização de competições europeias, o dirigente referiu-se ao projeto como “desgraçado e ‘charlatânico’”, no primeiro dia da conferência da ECA.

Já Al-Khelaifi, que teve o ‘seu’ PSG de fora da ideia, ajudando, entre outros clubes presentes, a fazer descarrilar o projeto, não quis “gastar muito tempo a falar da ‘não tão super’ Liga”, porque não quis focar-se “em falhanços”.

Os dois líderes do futebol europeu mostraram ideias que os dois organismos têm explorado em cooperação, nomeadamente um novo plano de apoio, que envolve milhares de milhões de euros de ajuda em crédito da UEFA aos clubes afetados pela disrupção causada pela pandemia de covid-19.

“Todos estamos a encarar esta nova realidade, e todos os clubes estão a sofrer”, declarou o presidente do Paris Saint-Germain, que ainda assim garantiu várias contratações de peso neste defeso – do argentino Lionel Messi ao português Nuno Mendes.

Para o líder da ECA, “há danos que podem ser impossíveis de reverter” sem ação rápida, daí o novo plano de dívida que, alertou Ceferin, não serve para “financiar comportamentos irresponsáveis” no mercado, mas sim para servir como um avanço de futuras receitas comerciais provenientes de competições europeias.

Outro dos discursos de hoje foi feito por Michael Verschueren, dirigente do Anderlecht e da ECA, que mencionou a necessidade de liquidez dos clubes europeus, sob pena de não conseguirem cumprir até “compromissos de curto prazo”.

Para Verschueren, a “nova realidade torna necessário e lógico” uma alteração às regras do ‘fair play’ financeiro, que tem tentado regrar os clubes e equilibrar a balança de poder financeiro na Europa.

“As regras atuais serão ajustadas, e há a necessidade de introduzir um mecanismo de controlo de custos robusto e sustentável”, garantiu.

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